Resenha: Um Teto Todo Seu – Virginia Woolf

O segundo livro lido do mês de março, somente de mulheres, me rendeu uma leitura fascinante! Sei que Virginia Woolf é uma escritora de peso e que pertence a um seleto grupo de escritores clássicos, mas eu não imaginava que fosse apreciar tanto um livro dela.

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Um teto todo seu foi minha primeira experiência lendo Virginia Woolf, mas agora sei que preciso levar adiante e conhecer toda a sua obra, sob pena de que jamais poderei me perdoar se não o fizer.

E, se você, assim como eu antes, nunca leu nada dela e nem sabe do que se trata este livro, tenho a honra de lhe apresentá-lo.


Sinopse:

Um teto todo seu. Um quarto, uma sala, um espaço livro de interrupções, alheamentos, desatenções. Tempo suficiente para se dedicar à escrita. Eis aí as condições básicas, segundo Virginia Woolf, para que uma mulher escreva ficção. Mas nada disso adiantaria sem recursos financeiros ou validação social — dois fatores largamente ausentes da vida das mulheres até o século XX.

Essa é a tese que Woolf desenvolve com brilho, lirismo e ironia refinada neste ensaio ficcional, no qual traça um painel da presença feminina na literatura, exaltando as conquistas das escritoras do século XIX e exortando as gerações futuras a trabalhar e construir sua vida sobre essa herança.


Minhas impressões e algumas considerações: 

Bom, a própria sinopse já traz bastantes elementos ao leitor do que esperar do livro. Porém, é só de fato com a sua leitura que podemos acompanhar a linha de raciocínio desenvolvida pela escritora com tamanha clareza, ironia e genialidade.

Creio até que fui muito feliz ao escolher ler este livro logo após O Conto da Aia, em que assistimos a liberdade das mulheres lhes ser usurpada pela retirada do direito à propriedade de bens e valores, e daí me deparar com os argumentos de Woolf — sempre tão bem fundamentados e acompanhados das prestimosas notas da editora —, sobre todos os obstáculos que impediriam uma mulher de escrever num nível de igualdade aos homens: a falta de recursos financeiros sendo um deles. Foi uma experiência enriquecedora esse “combo” de leituras. Aliás, somente agora reparei que ambos os livros são comprados frequentemente juntos na Amazon.

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Mas é preciso ler para entender a grandiosidade desse ensaio ficcional da qual falo e refletirmos o quanto ainda nós mulheres (sem vírgula mesmo, pois não se trata de um vocativo) somos preteridas em muitas áreas, inclusive na literatura.

Engraçado que eu e meu marido conversávamos justamente sobre algo do tipo alguns minutos antes de eu me sentar e sequer decidir que iria tecer minhas considerações sobre Um teto todo seu. Nós havíamos acabado de ir ao shopping, e, por ser Dia da Mulher, eu acabei comprando um livro que estava em promoção e que eu fiquei feliz, porque era um livro escrito por mulher, e que eu poderia ler ainda no mês de março, conforme eu havia me proposto. E então meu marido se pôs a refletir, sobre como dentre os 12 livros que ele definiu como meta para ler ao longo do ano, nenhum deles era escrito por mulher, e o que isso sugeria. Ele foi desenvolvendo a reflexão dele e percebeu que, de fato, e infelizmente, caso a maioria de nós não nos propuséssemos deliberadamente a selecionar títulos escritos por mulheres, elas acabariam ficando de fora ou seriam a minoria. Tanto eu como ele não soubemos explicar exatamente o porquê disso, mas foi uma triste e real constatação nossa.

Discutimos também sobre um desafio de 10 dias do qual estávamos participando, postando fotos de livros, 1 por dia, sobre 10 livros que marcaram nossa trajetória como leitores. Dos 10 livros que eu escolhi, apenas 1 era de mulher. Dos 10 livros que ele pensou, nenhum era de mulher. E daí, no meu caso, eu percebi que só passei a ler mais livros de mulheres bem recentemente, e que minhas leituras se restringiam a livros escritos por homens. Mas novamente, eu não sabia dizer o porquê. A única razão que pude pensar foi crer que atualmente há mais divulgação e incentivo à mulher como escritora.

Vocês podem me dizer que estou errada, que há tempos temos grandes nomes femininos na literatura, a começar pela própria Virginia Woolf. Tudo bem, é verdade, mas desde que eu me lembro dos meus tempos de escola, a maioria dos livros que éramos obrigados a ler já eram de escritores homens. A primeira mulher que me fizeram ler foi Clarice Lispector, mas isso já no ensino médio. Não líamos em casa, em nossa infância, a não ser gibis, o que também foi uma falha. Mais tarde conheci poemas de Florbela Espanca e ouvi bem por cima sobre Raquel de Queiroz, Cecília Meirelles e Lygia Fagundes Telles, mas isso porque elas estavam no cenário da literatura de língua portuguesa, de ensino obrigatório nas escolas. Todos os nomes de escritoras de fora eu acabei descobrindo por conta própria. Não é de se espantar que só mais na vida adulta que passei a querer conhecer melhor quem são as mulheres que escrevem. Afinal, não sei quanto a vocês homens, mas eu, como mulher, não me sentia exatamente representada em muitos dos livros que lia (todos escritos por homem).

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Peço desculpas por todas essas considerações que fiz, tendo pouco de fato falado sobre o livro. Mas é  justamente nelas que repousam minhas impressões sobre ele, pois foi somente assim, após a sua leitura, que pude parar e refletir sobre tudo o que acabei de escrever.

E é um livro tão curto e tão prazeroso de ler, e, ainda assim, compartilhei com vocês tão pouco do que ele suscitou em mim! Tal é o poder deste livro.

Dei-me também o trabalho de contar quantos post-its colei no livro: 36 para um total de meras 189 páginas! Eu queria anotar tudo e trazer tudo a vocês, mas tive que me segurar, pois penso que vocês devem experimentar os pontos delineados por Woolf em primeira mão.

Só a título de curiosidade, porém, após essa leitura, eu decidi que devo ler Orgulho e Preconceito, um clássico também da literatura. Nunca li nada de Jane Austen, mas agora anseio por fazê-lo, principalmente sob a perspectiva das críticas de Woolf. 

Você já leu algum livro de Virginia Woolf? Qual você me recomendaria para dar continuidade em minhas leituras da escritora britânica?


Informações adicionais sobre o livro:

Capa comum: 192 páginas

Editora: Tordesilhas; Edição: 1ª (1 de fevereiro de 2014)

ISBN-10: 8564406861 – ISBN-13: 978-8564406865

Título Original: A room of one´s own

26 comentários

  1. O post me fez refletir sobre o legado que inserimos/deixamos aos nossos filhos. Durante a infância, minha leitura limitou-se a gibis e estórias clássicas da Disney. Tudo acervo da vizinha .
    Cheguei na fase adulta, analfabeta de livros. Os poucos que li, inteiros, foi por obrigação ou tipo “autoajuda”, que aliás, me orientaram bastante e contribuíram para os resultados que hoje vivo.
    Agora, quase na terceira idade, penso como teria sido a trajetória caso a leitura tivesse sido uma constante em minha vida …

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  2. Eu li apenas um livro de contos da Virgínia Woolf – “A marca na parede e outros contos”. Achei a leitura bastante densa. Fiquei com muita vontade de “Um teto todo seu”. Além disso a edição é linda. Também estou tentando ler mais mulheres, mas como vc disse, sempre nos foi ofertado mais obras escritas por homens, mas vamos mudar esse quadro, ou pelo menos tentar. ♥♥

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  3. Tentei relembrar os últimos livros de autoras que li e tive que consultar minhas anotações, pois já faz um tempo.
    É como você disse, a proporção de autores homens para mulheres é extremamente discrepante.
    Por coincidência as duas últimas autoras que li foram Virginia Woolf e O Conto da Aia.

    Abraço!

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    1. Pois é! Eu até tive que comprar mais livros pra ler (somente de mulheres), pra continuar lendo livros de mulheres agora em Março, porque havia poucos à disposição pra ler, e a maioria dos poucos que tinha, eu não estou muito no clima…
      E que feliz coincidência! O que você leu da Virginia Woolf?

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  4. Ao olharmos todas as atividades profissionais e artísticas humanas de alta expressão, constata-se a supremacia absoluta do sexo masculino.
    Em falando de música, do funk carioca à mais refinada orquestra e compositores clássicos, passando por todos os estilos, o masculino é onipresente. Pense em vinte bandas que você gosta, metade nacional e metade estrangeiras. Agora, conte as mulheres nesta sua lista.

    Para além de toda opressão histórica e contemporânea factual sobre a mulher, o que ainda pesou bastante foi o papel que ela exerceu e ainda exerce em sua maioria, de dona do lar, mãe e “a esposa”. Quase todo seu tempo e energia é dedicado a isso. E ao se considerar a totalidade da população, de todas as classes sociais, percebe-se que a maioria das mulheres ainda quer uma vida em que um homem casa-se com ela e/ou a sustenta, ainda mais na classe baixa, a mais numerosa. Isso se dá por fatores culturais históricos e religiosos.

    Felizmente, isto está mudando. Porém raríssimos são os homens que apreciam mulheres independentes e fortes, o que reforça ainda a injúria masculina à elas. O homem quer a amada submissa, dependente dele, para que possa manipulá-la à sua maneira. A cada dia, mais mulheres se tornam independentes e incursionam em todas as atividades humanas, até no militarismo de combate (eu pesquiso e leio sobre muitos assuntos, kkk)

    Particularmente, estou curioso e animado com isso, pois detesto a idéia de uma mulher estar comigo por questões financeiras ou de status. Também aprecio mais a companhia de pessoas sonhadoras e empreendedoras. Pessoas acomodadas não seduzem muito da minha presença. Porém mulheres independentes e que não aceitam ser bancadas, infelizmente ainda são raras.

    Na verdade, toda esta discussão me causa certo cansaço. Para mim, a igualdade de direitos individuais e coletivos é algo simples. Entendo que pessoas são seres humanos, e seu sexo, sexualidade, cor, religião, etc. em nada me motivam desrespeito algum. E me sinto um extra-terrestre por isso, muitas vezes. Pois canso de ouvir “não tenho preconceito” e canso de escutar e ver as mesmas pessoas que dizem esta frase sendo desrespeitosas e jocosas ao falar e agir.

    Creio que nasci no mundo ou no tempo errado. Se eu falo “a favor” de homossexualidade, por exemplo, sou visto necessariamente como homossexual. É inconcebível à mente humana alguém defender a “igualdade” sem fazer parte do grupo defendido. É o raciocínio coletivo guiado por covardia individual perante o valor socialmente aceito e por crenças religiosas, que são pessoais e não devem fazer parte da vida coletiva, pois nosso regimento jurídico e civil é laico. E em 2018, temos um presidente que afirma “Deus acima de todos”, excluindo ateus, por exemplo. E reforçando organizações que quase sempre justificam a submissão feminina.

    Fui pesquisar algumas coisas, e descobri que a mulher não passa de freira na igreja por conta de todos os doze apóstolos terem sido homens. Assim, foi “Jesus quem definiu”. A mulher não pode se ordenar padre e nem papa (que primeiro, tem de ser padre), nem em nenhum dos níveis hierárquicos entre eles. E esta é a resposta oficial da Igreja (por favor, pesquisem à vontade). E quem estudar sobre religiões, descobrirá a mesma maré em no mínimo 95% delas.

    Infelizmente, “Deus” na visão humana religiosa determina a submissão da mulher ao homem, como várias passagens na própria bíblia afirmam. Como também acontece com o homossexualismo, ou o racismo contra pessoas de pele escura, já que no imaginário coletivo, Jesus é aquele dos quadros medievais e filmes americanos, branco, cabelo liso e claro, olhos claros e traços finos, etnia inexistente no local onde ele viveu. Retrato encomendado por um monarca italiano séculos depois de cristo, e que obviamente, na pintura parecia mais um italiano que uma pessoa natural do oriente médio.

    Ou seja: como uma pessoa pode ser “feminista” ou a favor de “igualdade”, se sua profunda crença espiritual é desigual e machista? Fica difícil assim a quem tem fé e segue com disciplina os credos de sua religião. Porque quem tem fé, quer agradar a Deus. E Deus, através da bíblia e de Jesus, diz que mulher “tem o seu lugar”.

    Aqui, não há críticas à ninguém em específico: apenas algumas constatações. Em público, temos um discurso de “igualdade”. E no interior da consciência, todos os valores diferentes que nos é repassado há gerações.

    Machismo, Racismo, Homofobia. Três práticas que ainda impedem que vivamos com um pouco mais de paz e amor, e mais felizes. Que pessoas e instituições ainda hoje os alimenta? É questão de olhar e pensar…

    Mas as mudanças estão se desenvolvendo depressa. E as crianças estão sendo crescendo em outras condições de entendimento. É possível ser otimista quanto a isso. As coisas estão acontecendo. 🙂

    Como eu gostaria que acontecessem mais rápido ainda…

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    1. Ah, Leonard, como eu também gostaria que as mudanças se dessem a passos mais apressados e largos. Mas infelizmente sei que não é assim que as coisas funcionam. Meu marido (que aliás, leva com muito humor o fato de ser chamado de “o marido” aqui no blog, em contraste com todo o cenário que estamos acostumados, como você disse de “a esposa”) admira que, em geral, eu não saia nas discussões acaloradas de Facebook defendendo esta ou aquela bandeira, tentando convencer pessoas que não serão convencidas. A época das últimas eleições ficou como um forte exemplo do que quero dizer. Houve muitas brigas entre famílias, amigos, porque se dividiu absurdamente o país em dois lados, cada um com seus extremos, pessoas deletando outras pessoas, desfazendo amizades, cada um jogando frases prontas e vazias, sem tentarem de verdade dialogar. Eu posso ser bem ingênua e talvez esteja errada, mas eu sou mais do tipo que faz o “trabalho de formiguinha”. Não desfiz amizades, não deletei ninguém. Quem lê meus textos, conversa comigo, sabe muito bem os valores e princípios que defendo e sigo. Tudo que faço é tentar manter um bom relacionamento e dizer “Fulano, leia este livro”, “Ciclana, leia aquele livro”, ou venho aqui recomendar livros kkkk na esperança de que a própria pessoa deixe sua mente se expandir e mudar.
      Eu tinha fé na humanidade, sabe? Mas perdi de uns tempos pra cá. Mas não totalmente. Ainda tenho fé nas pessoas que têm fé na humanidade. Ainda é alguma coisa.
      Também, venho de uma linha sucessória de mulheres independentes, desde a minha bisavó materna, então, creio que está no sangue de alguma forma não se conformar com o machismo kkkk. Muitas mulheres fortes na minha família!

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      1. “O Marido”. Parece título de livro ou filme. É divertido assim, ele ser citado sem saber-se sequer o nome. Dá um charme à sua participação, kkk

        O teu trabalho é adequado. Tenho um amigo que leciona e cita o mesmo exemplo, “trabalho de formiguinha”, porém atuando em sala de aula principalmente. Não tinha percebido como é importante o que você faz, pois já sou leitor e estou à leitura habituado. E imagino que os livros constituam em métrica, profundidade, assuntos e privacidade, o mais livre dos canais de comunicação humano. Nada parece formar melhor a cultura de conhecimento e o raciocinio humano que os impressos de papel.

        Sobre os sites de perfis públicos, desde as eleições continuam como cenários de guerra: de egos, status consumista, ideologia política, ciúmes romântico. E a idéia do criador era “conectar” pessoas.
        Por isso não tenho redes sociais, sendo o wordpress minha única forma de interação para além de comentários no youtube. Prefiro a vida real.

        Domingo passado fui a uma longa pedalada com um amigo antigo e alguns inéditos, e deixei o telefone em casa. Passamos por regiões quase inóspitas em serras, praias, cidades. Que sensação maravilhosa, estar entre amigos ao vivo, cores e toque, sem celular nem internet. Fiquei os dois dias seguintes rindo à toa de felicidade, além das sentidas dores nas coxas, kkkk.

        Eu também a perdi; a “fé” na coletividade. Além de ainda tê-la em si mesmo, o pensamento de ter fé em quem tem fé na humanidade me anima um pouco. Obrigado por esta idéia.

        Já li várias coisas sobre mulheres na história. Na aviação, no Direito, em empresas, nas artes, eleições, empreendimentos. Sempre houve mulher dada à independência e com sucesso, inclusive. O que muda hoje é isto estar em vias de deixar o status de raridade para se tornar habitual.

        Sua independência é de família, hein? Que maravilha! Deve estar nos valores culturais das mulheres e no DNA de sua genealogia… kkkk

        Tenho fé em você, Isa. E em “O Marido”. 😆

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  5. Oies Isa! Com o tempo eu fui tendo a mesma percepção que vc sobre a predominância de autores masculinos em detrimento aos de autoria feminina. No meu caso o outro tipo de situação que percebi é o preconceito com os livros escritos por mulheres, muitos deles sendo considerados livros de mulherzinha, por ser de romance e coisas mais supérfluas. Enfim, quero muito ler esse livro, já li um outro sobre ensaios (Profissões para mulheres e outros artigos feministas), a coletânea (A marca na parede e outros contos) e o meu preferido da vida Mrs. Dalloway! ❤ ❤

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  6. Tive sorte por crescer numa família que lia igualmente homens e mulheres – via meu tio e minha mãe com seus livros da Anne Rice, Marion Zimmer, Sidney Sheldon, King (curiosamente, meu tio lia mais autoras mulheres e minha mãe mais autores homens). E leituras variadas, de romance a suspense. E eu desde pequena já me identifiquei com personagens mulheres e autoras mulheres. Mas sei que na maioria das vezes uma autora mulher é lida somente porque uma leitora mulher decidiu deliberadamente escolher pelo gênero…

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    1. Creio que isso seja bem raro, ainda nos dias de hoje, mas pretendo começar diferente um dia, quando tiver filhos.
      Você realmente teve muita sorte. Meus pais sempre leram muito pouco, que dirá livros de mulher. Hoje em dia, sou eu quem os influencio como leitora.

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  7. Olá Isa.

    Concordo com o que disse em sua resenha, quase não temos conhecimento durante a infância e adolescência sobre as autoras femininas. Eu sempre li, desde muito nova e logo percebi que não havia muitas “autoras” na biblioteca da minha escola. O que fiz? Passei a procurar por elas na internet, foi quando comecei a conhecer mais autoras, usava o dinheirinho da mesada e pedia aos meus avós para comprar os livros pra mim…

    De Virginia sou apaixonada por “Orlando” *-*. Mas “A marca na parede” e “Ms Dalloway” são igualmente maravilhosos rs.

    Você conhece as irmãs Bronte?

    Abraços.

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  8. Oi, Ary. Sinto um pouco de inveja de vocês que tinham o hábito de ler desde criança… em casa só líamos gibis… só comecei a ler no ensino médio e mais agora na fase adulta, então estou com anos de atraso! rs
    Quero ler Mrs. Dalloway primeiro (aliás, vi uma edição linda da Penguim – Cia das Letras hoje na livraria), que parece ser o mais famoso né, mas, como disse no post, quero ler tudo dela!
    Eu conheço as irmãs Bronte só de falar, pois também não li nada delas ainda. Eu comprei “O Morro dos Ventos Uivantes” e estou esperando chegar para poder dar início a uma leitura conjunta. Vai ser bom! Hahaha, estou empolgada. Creio que tanto eu como minha amiga, com que vou fazer a leitura, precisávamos de um incentivo mútuo!
    Obrigada pelo carinho! ❤

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