Leituras e a gravidez

Oi, gente. Este é um post desabafo que queria compartilhar com vocês.

Desde o começo da quarentena a dinâmica aqui no blog mudou bastante. Se antes eu tinha dias fixos para postar (segundas e quintas-feiras), com o início da pandemia, tudo saiu um pouco do controle, e passei a liberar as postagens conforme elas iam ficando prontas em vez de me programar tanto quanto antes. Os horários também variam muito agora, tanto aqui quanto no IG. Parei sinceramente de me importar com os horários que os algoritmos entendem como os de maior visualização e simplesmente passei a valorizar o meu tempo: o melhor horário pra postar é quando eu posso fazer isso.

Lá por volta ainda de março, bem no começo da quarentena, eu estava devorando os livros, acredito que numa forma de contornar um pouco a ansiedade por meio de distrações. Agora, porém, com a gravidez num estágio mais avançado, a ansiedade voltou, mas por outros motivos óbvios: a expectativa da chegada do bebê! Estando já no terceiro trimestre de gestação, não tenho conseguido ler tanto quanto no começo. E na verdade, isso não é problema algum. Até o momento, já li praticamente o tanto de livros que conseguiria ler num único ano (minha média é por volta de 50 livros por ano). Não faço metas em relação a número de livros já tem alguns anos, mas sempre contabilizo para ter uma ideia do quanto o ano me permitiu ler. O que estou achando curioso, porém, é que eu imaginava que quando esse momento da minha vida chegasse eu realmente teria lido muitos livros sobre gravidez e maternidade, e na verdade, foram bem poucas as leituras nesse sentido. Por outro lado, acho que nunca assisti a tantos vídeos sobre o assunto! Aliás, nunca vi tanto vídeo sobre qualquer coisa, na verdade. Não sei, achei mais atraente a ideia de poder visualizar algumas informações, em vez de apenas ler e extrair das palavras algo mais concreto. Posso estar falando besteira também, claro, mas acho que cada mãe e pai aqui sabe o que é melhor para si mesma e si mesmo. Enfim, o fato é que passei a ocupar um tempo com mídias que não tinha o hábito de fazer, e isso retirou boa parte do tempo que eu dedicava à leitura.

Outra questão é que, por ter o privilégio de poder passar esse período recolhida, realizando teletrabalho, e, ainda melhor, acompanhada o tempo todo do meu marido – que pôde curtir essa fase gostosa ao meu lado –, também optamos, por prevenção, por fazer todas as compras possíveis relativas ao bebê (enxoval, berço, carrinho, etc.) pela internet, e, sim, isso demanda um tempo absurdo que eu nem imaginava! Passa-se horas em frente à tela do computador pesquisando-se preços, custo-benefício, segurança, etc, e algumas compras invariavelmente, na modalidade virtual, causam aborrecimentos, que demandam mais tempo e paciência para reclamar nossos direitos como consumidor, além do tempo mesmo de entrega, que tem sido mais longo nesse período atípico.

Tive de suspender algumas parcerias por conta da gestação, e sinceramente, não senti muito apoio e compreensão quanto a essa minha decisão por parte de alguns autores, infelizmente. Mas, assim como em relação ao horário, também entendo que o melhor é eu estabelecer as minhas prioridades em prol também da minha saúde mental. Afinal, esse é um momento único para mim e acredito que tenha que ser muito bem curtido. Por outro lado, fico realmente besta de ver como estou cercada do amor de parentes e amigos, que mesmo estando longe tem distribuído carinho de inúmeras formas: meus pais me mandando uma porção de coisas (minha mãe praticamente abastecendo minha quota semanal de frutas, fazendo a feira de casa); amigos mandando presentes pro meu filho e até pra mim e meu marido; amigas passando dicas (sempre bem-vindas), pessoal do clubinho (Clube do Curinga) super se ajustando à necessidade de todos, inclusive à minha… sério, gente, vocês não têm noção de quanto tudo isso tem contribuído para me acalmar nesse período e também entender o quanto há ainda de pessoas boas nesse mundo! Meu muito obrigada a cada pessoa que de alguma forma nos enviou carinho, seja em forma de palavras, de pequenas conversas com quem já desabafei um pouco, seja com mimos, comidinhas, livros e doações ❤

Espero que todos entendam também que, por conta de tudo que disse, é bem provável que por um tempo o blog fique sem muitas postagens frequentes, mas posso dizer é que pretendo continuar por aqui sempre.

11 comentários

  1. Fique em paz, amiga! Aproveite ao máximo seu momento e seja muito feliz. Poste quando puder ou quando sentir vontade e não se deixe pressionar por nada nem ninguém. Viva esse período especial ao lado do seu marido e que o seu bebê venha com muita saúde. Te desejo tudo de bom! Estarei sempre por aqui. ❤❤

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  2. Ao longo da nossa vida as nossas prioridades vão mudando, e muito, e com a chegada de um bebé, as mudanças são brutais. Pelo menos pata mim foram. Acredito que com toda esta mudança imposta pelo vírus ainda seja mais complicado. Há que ajustar muita coisa à nova realidade.
    Tudo de bom e aproveite ao máximo 🙏💗😘

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  3. A gravidez é momento único para os pais. Cada casal vivencia a experiência a seu modo. Os sentimentos, as emoções alteram … várias expectativas surgem … Importante é sempre viver intensamente o momento.

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