Casa de Petrópolis – Instituto de Cultura

A cidade de Petrópolis esbanja historicidade e cultura, contando com muitas opções de passeios culturais. As viagens em família por aqui sempre tentam incluir pelo menos um passeio do gênero, porque cresci acostumada a isso e acho enriquecedor. Minha mãe sempre dizia que não deixaria herança para os filhos, mas deixaria toda a vasta experiência adquirida com nossas viagens. Bom, talvez eu e meu marido não possamos viajar tanto quanto eu e meus irmãos viajávamos com meus pais (outros tempos), mas naquilo que dá para manter a boa tradição, manterei.

Um dos passeios ditos como imperdíveis em Petrópolis é o Museu Imperial. Mas ele não foi um passeio que fizemos e nem foi colocado como prioritário na nossa agenda, porque é um museu de porte grande, e queríamos primeiro ver como o pequeno Naoki iria reagir indo a um museu menor. Ele já esteve em museus e exposições antes, claro, mas não nessa pegada mais histórica, sobretudo do Brasil em tempos de Império. Fizemos o “teste” indo à Casa de Petrópolis.

A Casa de Petrópolis pertenceu a José Tavares Guerra, e sua construção foi concluída em 1884. Foi a primeira casa na cidade de Petrópolis a receber energia elétrica. A Casa é lindíssima, e conta com inspiração europeia em sua arquitetura, sendo que cada cômodo faz referência a um país diferente. O meu cômodo preferido foi a de inspiração francesa, com seu jogo de simetria.

Meu cômodo favorito – piso em marchetaria

A visita é paga (R$16,00 por adulto – não me atentei para poder lhes informar até que idade crianças não pagam), e assim como no Museu Imperial, é exigido que se use “pantufas” sobre os calçados para maior preservação do espaço. Crianças pequenas como Naoki (2 anos e 9 meses) não precisam calçar a pantufinha.

As funcionárias do Instituto foram muito gentis, desde a compra do ingresso à entrada na Casa, e a explanação da guia lá dentro foi muito agradável.

Sala de jantar – toda movelaria de jacarandá teve a madeira foi levada do Brasil até a Europa para ser trabalhada e depois inserida na casa

Naoki, como previsto, não quis ficar muito tempo lá dentro, mas deu para fazer todo o passeio guiado e olhar com bastante atenção muitos detalhes da casa.

O bom é que, como não estava chovendo, conseguimos aproveitar também os jardins que há no terreno. Lá é muito espaçoso, e não deixa de ser uma ótima oportunidade de entrar em contato com a natureza (outro tipo de passeio da qual sou fã de fazer com meu filho). Ele adorou a parte externa, e poderia ficar horas só olhando uma bica d’água vazando de uma boca de leão.

Naoki apreciando o burburinho da água no jardim

Embora enorme, a casa se camufla em meio à vegetação do jardim

O local conta com estacionamento privativo, com custo de R$10,00 (preço em julho de 2023). Aproveite a ida até o Instituto e aprecie a excelente comida do restaurante anexo: o Bordeaux Vinhos e Cia – Ipiranga.

A experiência soma-se ainda à experiência museológica; onde o restaurante opera atualmente era onde ficavam os animais da família, e também, o relógio que se vê sobre ele, numa torreta, foi a primeira torre de relógio da cidade.

Os pratos estavam deliciosos e o atendimento foi também muito bom. Gostamos tanto que voltamos para jantar no mesmo lugar em outra noite, e também fomos conhecer a unidade Bordeaux de Itapaiva (igualmente maravilhoso!)

Pratos executivos (exclusivo para almoço) na unidade de Itaipava

Este é um passeio em Petrópolis que recomendamos sem receio algum. Perfeito para passeios em família, mas também uma ótima aposta romântica para casais.