A Grande Fábrica de Palavras foi um dos primeiros livros que comprei pro meu filho, quando comecei a pensar em títulos para ir montando uma pequena biblioteca para ele. Porém, somente agora aos 3 anos e 2 meses ele se mostrou interessado pela primeira vez. Não é por menos. O livro não tem nada de adequado para crianças e bebês menores, mas provavelmente não vai ser tão curtida a leitura.
Agora que Naoki já tem um vocabulário bastante vasto, foi bem melhor de ler, e depois da primeira leitura, ele quis de novo, e de novo, e de novo. É assim que sei que ele curtiu um livro.
Na história, somos levados a um país onde as palavras precisam ser compradas e ingeridas para poderem ser pronunciadas. Quem tem mais dinheiro, consegue comprar palavras caras como “eu te amo”. Mas quem não tem muitos recursos, acaba tendo de procurá-las em promoção ou até se sujeitar a encontrá-las no lixo. Mas será que só as palavras podem expressar nossos sentimentos? Sorrisos não têm custo algum, e podem ser tão valiosos quanto grandes discursos. Junto com Philéas, descobrimos que as palavras, sozinhas, não dizem tudo.
As ilustrações são encantadoras, e Naoki adora esmiuçá-las. Na capa, o que mais lhe chama atenção é a sombra, que vem a ser a sombra da Grande Fábrica de Palavras. Mas a curiosidade em torno do que era aquilo foi tudo que precisei para convidá-lo a imergir nessa leitura. Recomendamos.
Dados Técnicos do livro:
- Capa dura: 40 páginas
- Editora: Aletria; 1ª edição (1 dezembro 2010)
- Autora: Agnès de Lestrade
- Ilustrações: Valeria Docampo
- Tradução: Carlos Aurélio e Isabelle Gamin
- ISBN-10: 8561167173 – ISBN-13: 978-8561167172