Royal Ontario Museum (ROM) – Toronto

O Royal Ontario Museum, ou, em português, Museu Real de Ontário é uma das atrações mais famosas de Toronto. Localizada bem próximo ao campus da Universidade de Toronto (University of Toronto), e a poucas quadras do centro (downtown), é uma programação legal para se fazer pela região. Muitos hotéis de downtown ficam mais próximos do ROM, por exemplo, do que da Union Station (estação central, que conecta metrô e trem da Via Rail).

Além de ser uma das opções de passeio pago mais barata pela capital da província – CAD$ 26.00 (comparado ao valor de subir na CN Tower –CAD$ 43.00, no Ripley’s Aquarium of Canada – CAD$49.72)*, ela é uma programação que combina gostos de adultos e crianças, caso esteja viajando em família com filhos pequenos. No caso, pensei no ROM justamente porque íamos passar um fim de semana em Toronto e achei que Naoki, meu filho, iria adorar ver alguns fósseis de dinossauros (e realmente adorou). Lá vocês encontram, por exemplo, um esqueleto de nada mais, nada menos que o famoso T-rex.

A estrela da galeria: Tiranossauro Rex

Mas há muito mais de história natural por lá, além de dinossauros.

Dimetrodon não era um dinossauro!

Um outro atrativo do museu quanto ao acervo de história natural é a simulação de uma caverna, a Bat Cave. Ela é meio escurinha e pode deixar seu filho bem curioso e ao mesmo tempo com medo no começo. Naoki pediu para eu dar a mão num primeiro momento, mas depois quis ir mais 2 vezes na caverna, porque achou super divertido.

Parte dedicada aos morcegos, pouco antes da entrada da bat cave

O museu conta ainda com acervo dedicado à arte e à cultura de civilizações antigas como a chinesa, egípcia, grega e romana, bem como de outros povos como do Império Bizantino, e da Núbia.

Fora toda a riqueza cultural que o museu contempla, ele é lindíssimo por fora e por dentro, mesclando a arquitetura antiga original com a contemporânea.

Se a criançada começar a ficar entediada com o passeio, no segundo piso há outras atrações para elas, além dos dinossauros. Há um espaço de recreação, com briquedos bem divertidos, incluindo um esqueleto de dinossauro em E.V.A para elas montarem (Naoki não quis nem ver os outros brinquedos, adorou tanto que só ficou por lá).

Naoki brincando de montar um esqueleto de dinossauro

Como uma das galerias estava fechada temporariamente, o ROM disponibilizou uma delas para ocupar com outro espaço voltado para crianças, mas de cunho mais museológico, embora totalmente interativo. Havia no local monitores para ajudarem as crianças a explorarem o lugar, como aprender a utilizar um microscópio, mas é preciso verificar a possibilidade ou não de deixá-las desacompanhadas. Naoki ficou o tempo todo comigo. Ainda no segundo piso, próximo à saída da Bat Cave, há uma área destinada a amamentação, muito bom para mamães cujos bebês precisarem fazer uma pausa no passeio também.

O Museu conta ainda com um café, com poucas opções de comida para um verdadeiro almoço. A boa notícia é que você tem permissão para levar seu próprio lanche e bebida (recomendo, pois há poucas opções glutenfree), desde que só coma e beba na área destinada para isso, que é o mesmo refeitório do café.

Vista superior do café (à direita) e do refeitório (à esquerda)

Por fim, a lojinha do ROM, embora tenha coisas legais, não me deixou muito empolgada. Senti falta de souvenirs como cartões postais com fotografia mesmo da fachada do museu, por exemplo. Achei que muita coisa que havia lá poderiam ser encontradas em outros lugares, não necessariamente ligados ao museus, como numa livraria ou numa loja de presentes, por exemplo. Mas claro que um pulinho por lá não fará mal.

A dica final é, depois que sair do museu, caminhe pela Philosopher’s Walk, ao lado. É uma curta caminhada, mas de alguma forma, transmite uma calmaria muito boa, em meio a uma cidade tão grande.

Se está inseguro de fazer um passeio por um museu porque nunca levou seu filho a um, experimente alguns dias antes fazer uma leitura temática com ele sobre museus. Aqui, ano passado já havíamos lido “A Marvellous Museum”, embora Naoki já tenhamos levado Naoki a museus desde que ele tinha quase 2 anos de idade (se não fosse pela pandemia, talvez teria ido até mais novo 😂) e é um livro bem simples, com pouco texto, mas que realmente já passou uma boa base para o Naoki do que ele encontraria num museu.

Não vou mentir dizendo que o passeio todo pelo ROM foi fácil com uma criança de 3 anos. Mas remeti várias vezes à essa leitura, tentando pescar da memória dele algumas coisas que ele já havia visto no livro, e ajudou a tornar algumas partes do museu menos entediantes para o nosso filho. Por isso, recomendo muito essa leitura, caso esteja indo pela primeira vez com um filho pequeno (mas não tão pequeno como um bebê de colo) a um museu.

Outro livro que indico também com um pouco de temática de passeio em museu é o “Em Família”, da Olga de Diós.

O passeio durou cerca de 3h (chegamos perto das 11h e saímos um pouco depois das 14h). Dos 3 pisos abertos ao público, visitamos apenas o primeiro e o segundo. Depois, a volta até o hotel levou em torno de meia hora, e descansamos (Naoki precisava fazer uma sonequinha), e, recuperados, fomos jantar no Ajisen Ramen, que recomendo muito!

Foi um dia muito gostoso, e sem correria, do jeito que acho que tem que ser quando estamos passando um tempo juntos, em família.


Nota:

*Preços em janeiro/fevereiro de 2024, sem ser pelo Citypass. Não valia a pena o Citypass para nós, pois não conseguiríamos ver mais que uma atração.


Informações adicionais sobre o ROM:

Endereço: 100 Queens Park, Toronto, ON M5S 2C6

Horários: de terça-feira a domingo, das 10:00 às 17:30. Fechado às segundas-feiras.

Onde comprar seu ingresso: compramos pelo próprio site e imprimimos em casa.

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