The not so quiet library – Zachariah OHora

Este ano Naoki começou a frequentar bibliotecas públicas pela primeira vez na vida (falha nossa por não termos levado ele a bibliotecas públicas antes), então, é normal que ele esteja ainda meio confuso quanto às diferenças entre bibliotecas e livrarias. Livrarias ele já conhece algumas boas que estamos sempre visitando, em busca de presentes ou novas leituras.

Mas justamente pra ajudá-lo a ir entendendo cada vez melhor o conceito de biblioteca, utilizando–nos da própria biblioteca, estive à procura de livros que mostrassem o que é uma biblioteca, e acabei encontrando “The not so quiet library” (“A biblioteca não tão quieta”, e livre tradução), de Zachariah OHora, que foi “sucesso instantâneo” com Naoki (roubando uma frase de outro livro com tema de biblioteca que adquirimos- falarei dele em outro post).

Oskar e Theodore têm um programa infalível aos sábados: eles vão à biblioteca com o papai. Oskar é um menino cheio de imaginação e que adora ler, e Theodore é seu “irmão imaginário”, um bichinho de pelúcia que ganha vida (muito no estilo Calvin & Hobbes) para acompanhá-lo em suas aventuras, mas a quem ele chama de irmão. Acordam cedo, compram donuts e vão à biblioteca.

Oskar parece bem empolgado com os livros, e isso é deixado bem claro ao leitor, mesmo ao pré-leitor, pela hiperbólica imagem da quantia de livros que ele devolve à biblioteca, e, depois, pega emprestado, exigindo do pai, com muito bom humor, que até carregue os livros em cima do carro (sério, essas cenas são lindas de se ver).

Mas não é são só as lindas ilustrações do livro que fazem dele tão especial. Ele é realmente divertido, porque a imaginação de Oskar transcende ao leitor, quando Oskar e Theodore descobrem porque a biblioteca não está assim tão quieta quanto deveria: parece que tem um monstro na biblioteca! (spoiler: tem um monstro na biblioteca!)

As ilustrações recortadas foram reproduzidas porque Naoki queria brincar controlando os personagens do livro

O desfecho também é muito fofo, com todo mundo, inclusive o mostro, descobrindo como é divertido, e muito gostoso, ler livros.

Com este livro, então, Naoki tem entendido melhor que na biblioteca não compramos livros (embora eventualmente haja algumas vendas), e que precisamos cuidar bem dos exemplares que levamos para casa, devolvendo-os sem atraso, porque outra criança irá lê-los depois de nós.

Quando alguma noite ele quer reler algum livro, uma das primeiras coisas que ele me pergunta é se já devolvemos o livro ou não, então, acho que aos poucos, ele já está assimilando bem toda a ideia da biblioteca. Naoki tem três anos e meio, para quem estiver se perguntando sua idade. Eu mesma não fui a bibliotecas tão cedo assim, e estou muito feliz de proporcionar isso a ele.

Você frequenta bibliotecas ou leva seus filhos para frequentá-las também? Adoraria saber da experiência de vocês.

Não perca também Naoki “lendo” parte do livro: