Precisamos falar de emergência climática com nossos filhos

Existem muitos livros voltados para crianças que abordam a importância de cuidarmos do nosso planeta, conscientizando principalmente sobre como vamos deixá-lo para as gerações futuras.

Mas acredito que já somos as gerações futuras, porque as previsões catastróficas chegaram e estamos vendo (muitos vivendo) isso de forma inegável. Basta ver a situação das cidades inundadas no Rio Grande do Sul, no Brasil. Eventos extremos como esse que está acontecendo no sul do Brasil serão cada vez mais comuns, o que evidencia que nossa forma de viver está insustentável.

Falar das medidas que podemos tomar para desacelerar o aquecimento global é essencial, e afirmo ainda que precisamos falar delas para nossos filhos, mas não no tom que aprendemos quando criança, de “pensar no futuro”. Porque, como disse, o futuro já é agora. E por isso o uso do termo emergência climática.

Devemos tomar ações com urgência, porque já estamos colhendo os maus frutos dos nossos maus hábitos.

Recentemente, li em casa um livro chamado “Stand up! Speak up! A story inspired by climate change revolution” (em livre tradução: Levante-se! Fale alto! Uma história inspirada pela revolução da mudança climática), e o que mais gostei nele é o fato de mostrar às crianças que o lerem que elas têm o poder de impactar nas mudanças usando sua própria voz, e que ações individuais são tão importantes quanto as coletivas, porque coisas pequenas podem se transformar em coisas grandes.

Ao final do livro, são trazidos exemplos de mulheres (crianças, adolescentes, jovens e adultas) que estão na luta da revolução das mudanças climáticas. Fiquei surpresa de ver outras pessoas além da ativista Greta Thunberg.

Além disso, ao trazer uma criança como protagonista, que se conscientiza do poder de erguer-se contra o que não acha correto e usar sua própria voz para manifestar insatisfação com as ações humanas que aceleram e induzem as mudanças climáticas, mostra a outras crianças que elas também têm esse poder, mas principalmente, que são dignas de respeito.

Quando sempre bato na mesma tecla que as crianças são dignas de respeito e consideração, é inclusive nesse sentido, de que devemos ser os responsáveis também, como adultos, em ouvir suas insatisfações e questionamentos sobre como o mundo não pode continuar como está. Mas é também responsabilizar-se pela conscientização do direito delas de exigirem e viverem num planeta saudável.

Então, sim, acredito que temos de falar desde cedo para nossos filhos sobre a emergência climática, até como uma proposta de mudança de hábito que deve começar em nosso próprio lar, e quem sabe, juntos, como uma família, possamos encontrar um estilo de vida condizente com nossa preocupação de cuidar do planeta Terra.

Diminuir o consumismo, dar preferência a compras da própria comunidade, reduzir lixo ao não fazer uso de itens descartáveis de uso único, reciclar e ter o cuidado de higienizar embalagens a serem recicladas antes de separá-lo, reutilizar água para lavagens, desligar chuveiros e torneiras quando não necessário, desligar tomadas de eletrônicos e elétricos quando não estão em uso, caminhar ou utilizar transporte público ou outros meios de transporte não poluentes para se locomover, entre outras, são medidas simples que podemos tomar no nosso dia a dia para tornar nosso estilo de vida mais sustentável.

Quais medidas você coloca em prática para viver de forma mais sustentável? Você conversa sobre este assunto com seus filhos?


Dados Técnicos do Livro:
  • Capa dura: ‎40 páginas
  • Autor e ilustrações: Andrew Joyner
  • Editora: ‎Schwartz & Wade Books; Illustrated edição (6 outubro 2020)
  • ISBN-10: ‎0593301587 – ISBN-13: 978-0593301586

2 comentários

    1. Acho que existem mais adultos precisando se conscientizar do que crianças, pensando bem. Mas se os adultos se empenharem em se informar para poderem repassá-las de forma lúdica para as crianças, então todos ganhamos ❤

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