No feriado do Carnaval, meus pais levaram eu, meu filho e minha avó para uma cidade que meu filho queria muito conhecer: Ponta Grossa – PR.
Por que ele queria conhecer essa cidade? Boa pergunta. Mas acredito que é porque minha mãe falava das viagens dela com meu pai de moto para a região com bastante entusiasmo, e acho que essa empolgação é um dos ingredientes principais para se levar alguém a querer visitar determinado lugar também.
Inicialmente, a ideia dos meus pais era fazer um passeio mais tranquilo, como andar pelo município de Carambeí e conhecer a comunidade de Castrolanda, talvez visitar alguma fazendinha com animais. Mas meu filho foi muito enfático em dizer que queria ver a “taça”, em Vila Velha. Então fomos fazer o passeio pelo Parque Estadual de Vila Velha.
Confesso que fiquei bem animada com a ideia, porque fazia anos que não voltava lá. Desde minha infância. Ou seja, bem mais de 20 anos. Melhor não começarem a fazer as contas.
Quando éramos crianças, eu e meus irmãos andávamos por meio das formações rochosas do parque livremente. Até subíamos em algumas delas e meus pais tiravam foto. Obviamente, esse não é o ideal para se preservar a natureza, então, claro que embora a proposta do passeio atualmente seja bem menos interativa, eu concordo que assim talvez as futuras gerações possam conhecer a beleza do lugar sem depredações e com uma consciência de preservação muito mais forte.

Os ingressos de acesso ao parque podem ser adquiridos on-line ou no dia, no próprio guichê. Mas programe-se para chegar cedo, porque costuma ter fila. O valor da inteira (em abril/2025) está R$139,00, mas ATENÇÃO: até dia 30/06/2025 TODOS pagam meia (exceto menores de 05 anos, que são isentos).
Além do ingresso que dá acesso a todos os pontos do parque (Arenitos, Furnas, Lagoa Dourada e seus traslados internos), é possível adquirir combos com uma ou mais atrações (arvorismo, tirolesa), além da subida com balão para melhor visualização das Furnas. Veja valores no site.
Itinerário
Paradas da ida
Não somos da região de Campos Gerais, então fomos para Ponta Grossa no dia anterior. Saímos de Londrina – PR já depois do almoço, mais de 15h, e fizemos duas paradas pelo caminho; a primeira no Deduch Master (Ortigueira – PR), para um rápido lanche e uso dos banheiros, e a segunda na Parada do Pão de Queijo (Tibagi – PR), para janta.




Onde se hospedar?
Em Ponta Grossa, nos hospedamos no Ipê Hotel Express. Os quartos são simples, mas o hotel é uma gracinha, principalmente onde o café da manhã é servido.





Parque Estadual Vila Velha – PR
Do check-out do hotel, já fomos direto ao Parque Vila Velha. O hotel não é próximo ao parque, porque fica dentro da cidade de Ponta Grossa, e o parque situa-se na rodovia, então leve em conta esse deslocamento em sua programação (cerca de 30min).
Há um estacionamento no Parque, para onde se é direcionado pelo funcionário que fica na entrada. Ele lhe fornece um tíquete, que deverá ser pago depois, no Centro de Visitantes.
Nós não compramos o ingresso pela internet, mas a fila preferencial (meu pai é idoso, e minha avó também, claro) estava bem tranquila.
O dia, porém, estava bem cheio (talvez mais do que eles haviam previsto), então demoraram um pouco para se organizarem quanto aos traslados no parque (feitos por ônibus e carretas). Então embora tenhamos conseguido ingressos relativamente rápido, gastamos um bom tempo parados na fila aguardando o ônibus.
Para quem curte trilhas, é possível o acesso aos Arenitos (onde ficam as famosas formações rochosas do Parque) a pé. Mas com uma criança pequena e um calor de 31ºC, isso estava fora de cogitação. Depois que foi solucionada a parte dos traslados (colocaram mais veículos à disposição), ficou bom.

Nos Arenitos, logo que se chega, depara-se com o “camelo”.

Nós fizemos apenas o trajeto principal, até a “Taça”. Pelo caminho, encontramos outras formações divertidas, como uma garrafa, um gato (que para mim parecia o Gato de Cheshire da Alice no País das Maravilhas), e brincamos de ver outras formações além das oficiais do Parque, como mãos de rock’n’roll. Nada como divertir-se olhando para a enormidade da natureza.

Na Taça geralmente há fila para tirar fotografias. Aproveite para se reidratar por lá. Caso leve lanches, existem locais adequados para fazê-lo. Nós fizemos sanduíches para levar para meu filho (que não estava com fome no café da manhã), e ele comeu satisfeito esperando pelo ônibus de traslado interno do parque.
Não fomos até o Bosque, que também faz parte dos Arenitos, mesmo que o caminho fosse sombreado, porque tínhamos de pensar no grupo (criança pequena e idosa acima de 80). Mas existe também essa opção, sem nenhum custo extra, para quem tiver a disposição.


Depois, pegamos o traslado para voltar para o Centro de Visitantes. Fizemos uma pequena pausa no passeio, aproveitando a lanchonete disponível para comer e repor as energias (há ainda um restaurante). Também tem uma área de recreação por lá, que as crianças adoram. Meu filho curtiu o pula-pula, que era uma rede enorme presa nas próprias árvores. Bem divertido.



Continuando o passeio pelo Parque, fomos às Furnas. Já estava bem quente esse horário, então realmente só fomos olhar as 2 furnas e voltamos para o Centro de Visitantes. No caminho até lá, meu filho cochilou no ônibus, então aguardei ele tirar sua sonequinha sentada à sombra das árvores na área de recreação. Quando ele acordou, fomos embora, depois que meu pai havia pago o estacionamento. Então a Lagoa Dourada ficou de fora dessa vez.



Paradas na volta à Londrina
Como era feriado um feriado longo, voltamos sem pressa. O retorno foi por um caminho diferente da ida, para podermos passar por Carambeí e Castro, duas cidades que foram colonizadas por imigrantes holandeses.
Em Carambeí fomos a uma confeitaria muito linda, a Frederika’s Koffehuis. A especialidade da casa são tortas doces, mas há salgados também. Eles têm opções inclusive sem glúten (mas produzidos por terceiros). Deles mesmo, eu indico muito a tortinha doce que leva farinha de arroz e dá uma crocância maravilhosa à massa (a da foto).

O local conta também com playground para as crianças, música ao vivo, e um tanque com carpas em frente à loja. O que meu filho mais gostou, aliás, foi de ficar vendo as carpas. Mas lembrem-se de reforçar o repelente. Levamos algumas picadas por lá olhando os peixes.



Meus pais passaram rapidamente também em frente ao Museu Parque Histórico de Carambeí, que simula uma vilazinha holandesa. Infelizmente, não tínhamos tempo suficiente para ver porque o Parque já estava para fechar
Em Castro, fomos até o Centro Cultural Castrolanda, onde há um moinho holandês muito lindo. É possível fazer passeios guiados, mas nós fomos apenas tirar algumas fotos para poder seguir viagem.


Ainda que tenha sido uma viagem bem gostosa, muitas outras opções de passeio ficaram de fora, e talvez fossem necessários mais dias, mas a gente só queria curtir a região pelo final de semana.
Outros passeios possíveis na região de Ponta Grossa e Carambeí são o Buraco do Padre e o Lavandário Het Dorp. Mas estes ficam para uma próxima.
E vocês, já foram para a região dos Campos Gerais no Paraná? A região costuma ser mais fresquinha que o restante do Estado, principalmente pela noite e manhã, e abriga muitas opções de passeios ecoturísticos.
Outras informações do Parque Vila Velha:
Horários: aberto de quartas às segundas, das 09:00 às 17:00 (não abre às terças-feiras).
Endereço: Rodovia BR-376, Km 515 s/n Rua Silva Jardim – Vila Velha, Ponta Grossa – PR, 84000-000
Adorei! Que delícia de relato, e as fotos muito bonitas!Não conhecia esse lugar, quem sabe numa visita ao PR, eu consiga ir.
Um abraço!
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