Sinopse: Anna Fox é uma psicóloga que, em decorrência de um evento traumático, não consegue mais sair de casa. Seu ex-marido e sua filha estão longe, de modo que ela vive sozinha numa casa cujo porão aluga para um inquilino por um valor modesto, em troca de uma série de favores que precisa que ele realize para ela, tal como levar o lixo para fora, comprar uma coisa ou outra no mercado, etc.
Portadora de agorofobia, ingerindo uma porção de medicamentos receitados por seu psiquiatra, ela passa as horas de seus dias enfurnada em casa jogando xadrez e conversando online com outras pessoas em situações semelhantes à dela, e, imprudentemente, bebendo muito vinho. Outro passatempo de Anna é observar seus vizinhos através de sua câmera fotográfica, uma Nikon D550, com lente Opteka. Numa dessas espreitadas, porém, ela acredita ter testemunhado algo horrível. Mas será que seu testemunho é confiável?

Fazia tempo que eu não lia nada do gênero suspense. Devo dizer que tive uma leitura muito boa, divertida do jeito que toda leitura pode ser em termos de entretenimento. Assim, ainda que não exista nada de verdadeiramente original em A Mulher na Janela, é uma leitura bastante fluida, que deixa o leitor ávido para saber logo o desfecho da história.
Quando comecei a ler, confesso-lhes, minha primeira impressão não havia sido positiva. Logo de cara eu pensei: “mas eu já vi essa história… lembra muito A garota no trem“. Felizmente, essa sensação foi pouco a pouco se desfazendo, e A Mulher na Janela foi ganhando sua própria identidade.
No mais, é um livro que cinéfilos poderão ter duas reações: ou se deleitar com as inúmeras referências de filmes ao longo da história, inclusive com mixagens bem construídas de diálogos nos filmes com pensamentos da protagonista, ou poderão achar que a narrativa se trata justamente de apenas de um punhado de recortes cinematográficos emendados a bel prazer do autor, A. J. Finn. Não me enquadro na categoria dos cinéfilos, mas eu fico com a primeira das reações.
O livro, ainda, me apresentou uma expressão latina pela qual me encantei, e que acredito que caia bem a Anna: ad astra per aspera, no livro traduzido como “apesar das adversidades, rumo às estrelas”. Não é fácil superar traumas; é um processo lento e doloroso também, mas deve-se sempre acreditar que dias melhores virão, certo?
No conjunto, eu dei 5 estrelas no Goodreads para essa leitura, não pela originalidade, mas pela maestria de condução por Finn. O livro tem todos os elementos necessários para manter o leitor instigado, tem uma narrativa agradável, rápida, simples, mas bem feita, e é uma ótima forma de passar algumas horas do dia. Muito melhor que sair espionando a vida alheia.

Informações adicionais sobre o livro:
Capa comum: 352 páginas
Editora: Arqueiro; Edição: 1ª (5 de março de 2018)
ISBN-10: 8580418321 – ISBN-13: 978-8580418323
Título original: The woman in the window
Parece demais com a história de A Garota no Trem, como você disse, kkk.
Bacana a resenha.
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Obrigada!
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Que coincidência! Me falaram desse livro ontem! Agora vejo sua resenha e fiquei mais interessada. Vou procurar! =)
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Ah, fico feliz que a resenha tenha instigado sua curiosidade! Espero que goste 😉
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Suas resenhas sempre instigam a curiosidade e vc o faz com muita maestria. Parabéns!!! Mais um livro anotado. 👏👏👏🔝🔝🔝.
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