A segunda morte de Suellen Rocha – Cláudia Lemes

Sinopse:

Quatro adolescentes fazem um pacto de guardar um segredo horrível. Vinte anos depois, uma delas é mutilada e morta. Na parede, próximo ao corpo, uma palavra escrita com sangue fresco: “Assassinas”.
Agora, Mariana, Dafne e Cacau serão sugadas pelo redemoinho de intrigas, política e corrupção da sua cidade natal, e precisam encontrar o assassino antes que uma delas seja a próxima vítima.


Vim a ler este thriller por indicação do amigo @rodrigoeoslivros, já que nunca tinha lido nada da autora Cláudia Lemes, e porque confio cegamente nas sugestões do Rodrigo. Se ele indica, eu tenho certeza que vai ser uma boa leitura!

E a quarentena também estava me pedindo uma história mais… eletrizante. Nada de errado com os livros de drama, ficção histórica, ensaios e biografias que tanto amo ler, mas eu estava realmente a fim de ler algo que fizesse minha mente dar uma pausa de tudo isso, pelo menos por um momento, já que eu mesclo os gêneros literários de qualquer forma lendo mais de um livro ao mesmo tempo.

De fato, A segunda morte de Suellen Rocha me forneceu essa sensação de pausa para que as leituras mais densas se assentassem entre um capítulo e outro delas, mas não aconselho ninguém a ler este thriller nacional esperando puro entretenimento. Afinal, é um thriller. Há mortes, como o título por si só estampa, mas preciso lembrá-los também de que há muitos tipos de mortes, e algumas delas são tão ruins quanto — senão piores que —  a morte física. Por isso, também devo deixar o alerta de possíveis gatilhos.

Dito isso, adentro minhas impressões sobre o livro.

suellenrocha

Os personagens são bem reais, na verdade, acho que até demais, o que faz sentirmos repulsa total por alguns, mas também um sentimento muito mais complexo de ser descrito por outros, porque é exatamente isso que eles são: humanos, e humanos são imperfeitos, sim,  mas também têm muitas camadas que os formam, e, enquanto houver empatia, é difícil não se colocar no lugar do outro e deixar de sofrer de alguma forma a dor alheia.

Há muitos podres acentuados na história, que nos lembram mais da realidade também do que gostaríamos, mas que achei interessante serem explorados na narrativa, tornando-o para mim um suspense com uma identidade realmente nossa, brasileira, e, por ter sido o primeiro thriller nacional que li, me agradou muito reconhecer a nossa (triste) realidade ali naquelas páginas.

Foi uma leitura que me deixou curiosa por toda a sua narrativa, mesmo no final, quando comecei a entrar no caminho certo, ainda queria saber mais, entender melhor toda a situação, e creio que bons livros de suspense são assim: mesmo que te peguem de surpresa ou não, você não perde o interesse em sua história. Teria sido muito melhor se eu sozinha não tivesse ligado os pontos? Com certeza, mas se eu queria algo eletrizante, sem dúvida a história me entregou completamente essa sensação. Leria outro livro da autora facilmente, e recomendo a leitura para quem curte thrillers e suspenses policiais.


Dados Técnicos do Livro:

Formato: eBook Kindle, 316 páginas

Autora: Cláudia Lemes

Editora: AVEC Editora (7 de abril de 2020)

Edição adquirida através da Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda

 

 

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7 comentários

  1. Adoro um thriller. E esse nacional parece ser muito bom. Desde o ano passado que eu quero ler Eu vejo Kate: o despertar de um serial killer, da Claudia Lemes e ainda não li. Adorei mais essa dica.♥

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  2. Outra ótima opção de autor nacional é Victor Bonini. Eu vejo Kate é mais forte que esse da Suellen. Mas o melhor pra da autora pra mim é Inferno no ártico. Algumas pessoas o criticam por se passar nos EUA, mas como a autora viveu lá, ela passa naturalidade no enredo, não é forçado.

    Curtido por 1 pessoa

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