Festa tema “Em Família”, de Olga de Dios

Este ano meu filho escolheu como tema da festinha dele o livro “Em Família”, da escritora e artista espanhola Olga de Dios. O livro é um favorito dele desde que ele tinha 2 anos, então já são 3 anos como um dos livros que ele mais me pede para ler à noite.

E o tema foi muito feliz, em muitos sentidos. Essa festinha é uma comemoração bem íntima, com familiares e amigos próximos, ou seja, bem enxuta em termos de convidados. É uma verdadeira festa “em família”, então o título do livro ficou muito condizente com a ocasião.

Também fiquei feliz que o tema tenha sido um livro, porque mostra a importância de referências literárias para as crianças. E o livro, para quem ainda nunca leu (para si mesmo ou para as crianças, caso tenha alguma na família), é simplesmente maravilhoso. Não é um livro que tenta passar grandes lições complexas, mas mesmo assim, traz reflexões e possibilidades para aprendizados e ótimas conversas. Mostra, sem dizer muito, que existem diferentes tipos de família, a consciência acerca da acessibilidade, traz várias referências artísticas, mas sem ser esnobe, tudo numa atmosfera lúdica e descontraída num único dia de passeio em família.

Uma coisa que eu acho muito bacana do livro é que quem dá o nome aos personagens é o próprio leitor, e Naoki e eu demos os nomes já na primeira leitura dele, em maio de 2022. Eu escolhi para a monstra rosa o nome de “Mamãe Rosália”, mas ele escolheu “Papai Urso”, para o monstro grande, “Bocão” para o monstro menor cinzento, e, inicialmente “Leão” para o monstro laranja, que acabou virando “Ciclope”, conforme novas referências literárias foram chegando. Mas meu favorito continua sendo o nome que ele escolheu para o pássaro: “Bico-de-corda”. Gente, para uma criança de 2 anos, eu fiquei super impressionada com a escolha! Ah sim, o “bebê” (monstro amarelo) e o brinquedo dele, o “robô”, já vêm nomeados, mas nada impede de se criar outros nomes.

Imagem disponível no link acima descrito, para fins não comerciais

As cores do livro são bem vibrantes, como são as obras de Olga de Dios. Então, confesso que tive um pouco de dificuldade em pensar a decoração da festa ao tentar decidir as cores com as quais eu trabalharia. No final, achei que o importante era manter a sensação das cores mais do que a paleta em si. E o resultado, sinceramente, eu adorei.

A toalha que usamos já foi toalha de mesa do último Halloween, mas que pedi para minha mãe pintar listras brancas nela. Ficou com aparência de toldo, o que deu mais ar ainda de “feira” para as couves e tomates de feltro que encomendei pela Elo7. Não há feira alguma no livro, ok? Mas há uma parte em que a família está num terraço, onde há uma horta, e eu queria muito que um pedaço disso do livro fosse retratado. No fim, depois do parabéns, as crianças ainda aproveitaram para brincar com as comidinhas de feltro, foi sucesso.

O quadrinho que aparece na mesa segue sendo reaproveitado, pela terceira vez, e ganhou ilustrações feitas por mim mesma, mas com referência nas ilustrações digitais disponíveis no site da Olga de Dios. Eu pintei com as canetinhas de álcool da moda, que dão esse efeito neon que eu queria – quem disse que elas só servem para pintar Bobbie Goods?

Quem lembra desse quadro na festa de tema sorvete?

Os pôsters eu imprimi os disponíveis no site da Olga de Dios, sob a licença da Creative Commons, sem alterações nas imagens. Os toppers de docinho, imprimi em papel adesivo, recortei a meu gosto pessoal, e apenas os colei em palitos de dente. Novamente, no final da festa, as crianças quiseram usar os adesivos para colar em outros lugares – tipo nos livros de Boobie Goods que deixei à disposição para adultos e crianças colorirem.

Foi uma decoração bem mais simples que a dos outros anos, mas que eu adorei pensar cada pequeno detalhe e que fiquei muito satisfeita com o resultado. Meu filho também adorou. Acho que foi tudo como ele havia esperado: na companhia de pessoas que ele adora, todo mundo compartilhando os brinquedos de presente para brincar ali mesmo na hora, e muita comida gostosa.

E, claro. Não fiz tudo sozinha. Como sempre, minha mãe ajudou, e sou muito grata por tudo.

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