Com o enorme sucesso de “A Guerra que Salvou a Minha Vida”, Bradley nos presenteou com a continuação da história da jovem, porém valente, Ada Smith, depois que ela consegue ser evacuada com as outras crianças de Londres e encontra um lar para ficar.
Se você ainda não sabe nada a respeito do primeiro livro, clique aqui para mais informações antes de continuar a leitura deste post.
*Alerta: para quem não leu o primeiro livro, este post contém spoliers*
Ada e seu irmão Jamie, no primeiro livro, acabam ficando aos cuidados de Susan, que, de início se mostra contrariada a cuidar de duas crianças, mas ao final se apega muito aos dois, prometendo que cuidaria deles a todo custo.
Assim, “A Guerra que me ensinou a Viver” irá nos contar como passaram a ser os dias de Ada e Jamie após a convivência com Susan.
Susan é uma mãezona, a meu ver. Eu espero sinceramente que, quando eu for mãe, eu seja tão boa quanto ela. É claro que ela também tem seus momentos ruins. Susan perdeu sua companheira há alguns anos e vez ou outra a dor desta perda lhe impede até de sair da cama. Mas acredito que é justamente nesse ponto que o título do livro é muito feliz. Todos os personagens nesta história estão sempre aprendendo, evoluindo, se tornando pessoas melhores.
Como havia dito no post anterior, Ada nunca frequentou a escola, não teve qualquer estudo, e sequer tinha permissão para sair de seu apartamento e explorar a sua rua, que dirá o mundo. Tudo que sabia era das poucas coisas que seu irmão Jamie lhe contava ou das coisas cruéis que sua mãe lhe dizia e Ada acreditava, além do pouco que conseguia enxergar da janela de seu apartamento.
Quando Ada passa a conviver com Susan, é assustador o tanto de coisas que Ada desconhece. Mas Susan é muito paciente e sempre que possível tenta lhe explicar da melhor forma possível.
Porém a guerra não finda no primeiro livro, continuando a se desenrolar neste segundo livro também. E haverá outras situações que farão com que, não apenas Ada, mas outras pessoas que passam a ser de seu convívio diário, tenham de expandir seus horizontes e aprender a viver.

Uma das ideias que o livro me fez refletir e que mais gosto nele é que não é vergonha nenhuma não saber das coisas, por mais simples que elas sejam. E, na mesma esteira de pensamento, todo mundo tem algo a ensinar para outra pessoa, mesmo que aquele que aprenda seja muito mais velho e experiente que aquele que ensina.
O maior desafio de Ada, neste segundo livro, é ainda a resistência que tem em confiar nas pessoas, sobretudo em Susan, a quem Ada se recusa em chamar de mãe. A história toda é um longo aprendizado, sobre amor, sobre empatia, sobre vencer barreiras e preconceitos.

Não devemos julgar as pessoas, pois sabemos que todo mundo tem sua própria guerra para lutar. E todos precisam aprender como vencê-la. Quando existe uma Guerra Mundial acontecendo enquanto se tenta vencer uma guerra particular, as coisas podem ser mais difíceis, ou não, depende da perspectiva da pessoa. E é isso que Ada irá nos ensinar.
Eu amei ler este livro, que achei tão bom quanto o primeiro. Ele acrescenta algumas abordagens que decorrem do desenrolar da Segunda Guerra e que achei interessante Bradley trazer à tona, lembrando que são abordagens interessantes de serem trabalhadas sobretudo com as crianças. Digo isso porque neste livro, veremos a questão do nazismo sendo retratada de forma pontual, indireta, mas ainda assim muito válida e pertinente.

Em suma, assim como fiz com o primeiro livro, super recomendo a leitura deste também, para você adulto, que tantas vezes se esquece que estamos em constante aprendizado, e também para que você leia a história para seus filhos aprenderem a serem boas pessoas, pessoas decentes, para que, futuramente, só tenhamos nossas guerras internas para vencer, e nada mais além de paz.
Informações adicionais sobre o livro:
Capa dura: 280 páginas
Editora: DarkSide; Edição: 1ª (22 de fevereiro de 2018)
Título Original: The War I finally Won
ISBN-10: 8594541015 – ISBN-13: 978-8594541017
A resenha despertou ainda mais a curiosidade pela leitura dos dois livros!
Algo que aprendi durante a minha trajetória, e que acredito ser importante, é ouvir, ouvir o que as pessoas têm a dizer, pouco importa a idade. Para isso é preciso paciencia.
Sim. Tb acredito que a paz é a melhor sensação q alguém pode ter. Significa que Td está bem. É o q mais desejo para as pessoas.
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Como não se encantar por uma edição dessas. E a história deve ser emocionante. 🙂
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Edição linda para um enredo que parece ser muito especial. 😉
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Oi Mei.
Essa coisa de não julgar ninguém é muito forte. Essa ser uma das grandes lições do livro me motiva ainda mais à ler a duologia. Beijos.
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Leia sim, não irá se arrepender! 😊💕
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