Olga – A livraria da Cidade – Londrina -PR

No mês de dezembro (2022) fui finalmente conhecer a Livraria Olga, que abriu as portas aqui na minha cidade em agosto de 2022 (mas esteve na ativa pelo menos desde abril). Não consegui ir antes por motivos de MATERNIDADE. (Mães e pais me entendem, acho). Mas enfim, aproveitando o recesso de fim de ano do trabalho, tanto meu como da minha mãe, que, por ocasião, estava aqui, mais as férias do Naoki (meu filho, pra quem é novo aqui), esse combo todo foi simplesmente perfeito para ir conhecer o espaço, ainda que de forma um tanto breve e num dia de semana, pela manhã, sem evento nenhum acontecendo.

Digo tudo isso porque acho importante deixar frisado que a Olga com frequência organiza eventos, em parcerias que vão desde debates a músicas ao vivo e também, mais recentemente, um flash day de tattoos. Esses eventos, no momento, também são bem difíceis de eu poder comparecer, pelos mesmos motivos acima, mas, sempre que consigo, dou meu apoio virtual, curtindo as divulgações no @livrariaolga.

A livraria Olga fica no centro da cidade de Londrina – PR, de fácil localização, e, pelo menos na época em que fomos, contava com estacionamento conveniado na esquina abaixo da loja. O espaço é pequeno, mas acolhedor, porque realmente convida o transeunte à entrada, com suas cores fortes, livros expostos já na calçada e, claro, um cafezinho bem simpático logo de cara também, que, vindo bem a calhar, também serve chopp.

Na fachada da livraria, vê-se a imagem de três grandes mulheres: Frida Kahlo, Lélia Gonzalez e, claro, levando o espaço seu nome, Olga Benario. As imagens são arte em grafite, e foram feitas pelas mãos da artista Kenia Kuriki (@keniakurikiart).

Outro tributo a Olga, dentro da livraria

A livraria conta tanto com edições novas, como abriga um mezanino para edições de segunda mão, onde avistamos um exemplar belíssimo ~~e muito tentador~~ de Jabberwocky (essa edição aqui), que claro, Naoki, como fã ~~doutrinado~~ de Alice que é, desde cedo, foi logo pegando na mão. Confesso que, na visita de curta estadia, não consegui ver os livros com muita calma e atenção, coisa que parecia tão simples antes de me tornar mãe. Mas mesmo assim, o projeto do espaço, como um todo, é muito lindo, e a parte da iluminação, com led amarelo, traz um aconchego enorme para seus visitantes, tornando toda a experiência de se buscar um livro ainda mais prazerosa. Eu gosto de ir à livraria assim, sem necessariamente ter um livro em mente para comprar.

Atrás, livros de segunda mão, no Mezanino

Voltando ao passeio… abaixo da escada que leva ao mezanino que mencionei antes, há um cantinho muito aconchegante de leitura para crianças, onde também ficam os livros infantis. Naoki, claro, deu uma explorada por lá, mas, aproveitando o movimento típico de um centro urbano, quis sentar-se à frente, no café, para deixar-se curtir vendo a pressa alheia enquanto apreciava seu pão de queijo.

Naoki examinando como é estar abaixo de uma escada

A visita foi bastante proveitosa, porque, além do café da manhã que tomamos por lá, voltamos para casa com alguns livros. Já mostro para vocês.

O café (ou chopp) pode ser servido tanto nas mesas externas quanto nas internas, o que é bem legal para quem gosta de apreciar um cafezinho rodeado de livros (eu adoro) e também nos dias ou muito quentes ou muito frios ou muito molhados.

O Brasil também te obriga a beber? Brincadeiras à parte, atrás do caixa, está o café-bar.

Pronto, vamos aos livros comprados.

Para o Naoki, eu trouxe esses da foto:

Olha os marcadores de página deles, que lindos!

Quem se lembra do “A ditadura é assim”, que eu já havia namorado muito na livraria Megafauna? Pois gostei tanto da coleção que comprei também “O que são classes sociais?”. Sei que vai levar um tempo ainda para ler este livro com ele ou ele os ler sozinho, mas mesmo assim já demos uma folheada por aqui, e, para meu espanto, ele disse que “o homem [do livro] tá bravo” (sobre o livro da ditadura).

Para mim, adquiri “A extinção das abelhas”, da Natalia Borges Polesso, pois quero muito conhecer uma obra dela (topei com o trabalho dela na tradução de “Eu, Tituba, bruxa negra de Salem” e gostei demais.

Se por acaso, você for à livraria e não encontrar o livro que queria, na parede esquerda (para quem entra na loja), existe uma prancheta com papel almaço, onde você pode escrever o nome do livro que gostaria que eles providenciassem. É difícil não notar a parede em questão, porque ela está cheia de colagens, com cartazes, pôsteres, recortes e adesivos.

Por mim, quero voltar ainda muitas outra vezes à Olga, e estou torcendo muito pelo sucesso longevo dessa livraria de rua, ainda mais em tempos difíceis como os que temos vivido. Fica a esperança, na forma desse amigurumi, de que a leitura volte a ser incentivada:

Amigurumi de Lula presidente. Achei fofo.

Ah, e antes que eu me esqueça, a livraria é pet friendly. Eu não falei que essa livraria era acolhimento?

Por fim, agradeço à minha mãe, pelas fotos, por ter me levado à livraria e até por ter ficado com Naoki um tempinho para eu poder investigar um pouco melhor as prateleiras. Esse post não existiria sem você, por infinitas razões.