The Tea Dragon Tapestry (#3)

Você já ouviu falar em narrativa Slice of life?

Slice of life significa, literalmente, recorte da vida. São narrativas cujo foco está em trazer pedaços arbitrários da vida de um ou mais personagens, para mostrar seu dia a dia, tarefas cotidianas, etc. Muitas vezes, essas narrativas não apresentam um desenvolvimento, com enredo, clímax ou mesmo conflito, e os finais de suas narrativas oferecem sempre um desfecho aberto.

A série (ora trilogia) de The Tea Dragon Society conta com essa narrativa “slice of life” em seu storytelling, e com The Tea Dragon Tapestry não foi diferente. Esse recurso, na verdade, é algo que me encantou demais e pareceu se encaixar completamente no conjunto da obra. Com esse terceiro volume, posso afirmar que a leitura me trouxe uma sensação completa de calmaria e serenidade. Em outros posts da trilogia eu disse que é o tipo de leitura que cai muito bem acompanhado de uma boa xícara de chá, degustando cada gole, mas também, cada cena da HQ. Outra grande vantagem desse tipo de narrativa é que eles são comumente de classificação livre, podendo ser apreciado por um leitor de qualquer idade. Sim, poderia ser lida para o Naoki, por exemplo.

Este terceiro volume, assim como os outros também, traz representatividade LGBTQIA+, que é uma grande preocupação da autora e ilustradora K. O’Neill, porque, para ela, a mídia “deve refletir a diversidade do mundo ao nosso redor”.

Me afeiçoei demais por essa série, e gostaria muito de ver outras obras da autora. Li os 3 volumes pelo Kindle Unlimited, e recomendo demais. Quem está aprendendo inglês, também fica aí uma ótima sugestão de leitura.

Confira abaixo um trecho de uma entrevista dada por Kay à Comicosity (agosto de 2017):

“Sinto-me fortemente conectade às obras que li quando criança – elas me influenciaram muito e, principalmente, como eu me via e o tipo de pessoa que queria ser. Pensando em como os livros me afetaram profundamente enquanto crescia, adoraria poder proporcionar a mesma experiência às crianças e ajudá-las a se sentirem seguras, incluídas e fortes por quem são. Também acho que as histórias que quero contar são bastante simples e alegres, adequadas para todas as idades.”

Dados Técnicos do Livro: