São Paulo foi uma das cidades eleitas, ao lado de Londres e Los Angeles, para receber a Japan House, uma proposta criada pelo governo japonês para difundir a cultura japonesa contemporânea pelo mundo.
A Japan House foi inaugurada em março de 2017, na Avenida Paulista, e o lindo projeto arquitetônico é assinado por Kengo Kuma. Eu não sei praticamente nada de arquitetura, mas o trabalho de Kuma é conhecido por utilizar materiais naturais, tais como madeira e papel, criando uma sensação de leveza e luz. Já pela vista externa dá para entender bem como ele dispõe de tais elementos. Na parte interna, para quem for, ficará também bastante nítido como ele se utiliza de papel em seus projetos.

Na Japan House – São Paulo, você poderá encontrar exposições, apresentações, cursos, palestras, workshops, gastronomia (um restaurante e uma cafeteria), produtos, e até uma biblioteca.
Na verdade, eu quis muito à Japan House por causa da biblioteca, embora no dia em que fomos (31/03/18), estivesse acontecendo uma exposição interessante, sobre Prototyping in Tokyo, e eu pude conhecer um pouco melhor sobre a tecnologia do que popularmente chamamos de “impressão 3D”. Foi uma experiência bem legal, já que boa parte da exposição era interativa, justamente para que o visitante pudesse perceber como o mesmo material pode criar sensações diferentes, por meio da forma, textura e peso.
A exibição de Prototyping permanecerá até dia 13 de maio deste ano. E pode ser muito interessante para aqueles que gostam de tecnologia e beleza aliadas, coisas das quais os japoneses entendem e muito!
No site deles, você poderá encontrar maiores informações. Mas, só para dar uma boa ideia, reproduzo parte da divulgação da exibição deles aqui:
A exposição Prototyping in Tokyo – Shunji Yamanaka é quase toda interativa. Além de poder tocar alguns dos protótipos, os visitantes completarão a experiência descobrindo itens feitos em impressoras 3D, diferentes processos de produção, além de numerosos esboços de ideias. A exibição é dividida em três momentos, considerando protótipos de estrutura e movimento; textura e sensação tátil e de extensão corporal. No total, serão exibidos sete projetos que reforçam e aliam o senso estético e a simplicidade japoneses à inspiração na natureza e à alta tecnologia. Esses objetos criados com ferramentas desenvolvidas no Laboratório Yamanaka permitem maior realismo e, em alguns casos, evocam a bio semelhança, fazendo com que à primeira vista o expectador acredite estar à frente de seres vivos e não de peças que utilizam inovações tecnológicas. A mostra é um estimulo à reflexão sobre o futuro que está sendo criado e disseminado diretamente de Tóquio.
Fora isso, a entrada é gratuita, e por ser muito próximo ao Shopping Paulista, creio que a entrada valha a pena, independentemente do que estiver em exposição.
Não comemos nada por lá também porque já havíamos ido ao Café 89°C, na Liberdade, no dia anterior, e aqui na minha cidade (Londrina/PR) também temos já bastante da gastronomia japonesa para desfrutar, então não é exatamente algo que eu achei imprescindível conhecer.
As lojinhas também achei interessante, mas os preços bem elevados. Ficou mais a título de curiosidade mesmo, infelizmente. Logo eu, que tanto amo souvenirs hahaha.

A “surpresa”, permitam-me compartilhar com vocês, fica por conta das toaletes, que dispõem de vasos sanitários japoneses! Um pequeno e peculiar “mimo” para quem já ouviu tanto falar dessa tecnologia mas nunca pisou em solo japonês.

Voltando ao que eu dizia sobre o lugar…o que eu mais gostei mesmo foi da biblioteca. Eles contam com um acervo bem focado em fotografia e design, mas há livros de outros assuntos, também. Aliás, o acervo todo está organizado por assuntos.
Há livros em vários idiomas, inclusive português. Lembro-me de ter visto, claro, livros em japonês, mas também inglês e até francês.
Minha avó, que entende melhor lendo em japonês que e português, pegou uns livros para folhear.
Até onde entendi, você só pode consultar os livros por lá, mas achei o ambiente bastante agradável para leituras. Você se senta naqueles sofás que tem na foto acima e ainda tem vista para esse jardinzinho bonito.
E, além disso, mesmo que o empréstimo não seja uma possibilidade, como a entrada é gratuita, nada impede que você vá vários dias, até conseguir finalizar uma leitura, ou ao menos saber da existência de algum livro que até então você desconhecia. Eu mesma fiquei super feliz de saber que existia um livro de um filme japonês a que assisti.

E havia muitos livros interessantes mesmo. Meu marido encontrou até alguns sobre samurais, assunto que lhe interessa, por ele ser praticante de Kendo.


E aí? Gostaram da Japan House?
Fiquem sempre atentos para os eventos. Pode ter algum assunto bem interessante para você! Agora dia 03/04/18 inaugurou a exposição exclusiva de Oscar Oiwa – Desenhando o efêmero, que traz um desenho em 360° de uma paisagem projetada pelo artista dentro de um balão inflável. Parece bem legal também.
Informações adicionais sobre Japan House – São Paulo:
Endereço: Av. Paulista, 52 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01310-000
Fechado às segundas-feiras, e aberto nos demais dias, das 10:00 às 22:00, e aos domingos das 10:00 às 18:00.
A entrada é gratuita, mas alguns eventos possuem vagas limitadas.
Adorei o lugar e o post claro! Tive a felicidade de estar com você e pessoas que eu amo.
A riqueza dos detalhes, sobretudo da toalete, é impressionante. A sua descrição instiga a curiosidade do Leitor.
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Corrigindo, digitei o nome errado
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😆😆😆 linda!
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