Sinopse:
Neste livro histórico e hipnotizante, duas mulheres – uma espiã recrutada para a Rede de Alice, esquema real que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, e uma universitária americana que busca sua prima ao final da Segunda Guerra – são unidas em uma trama de coragem e redenção.A história retrata dois períodos e tramas que irão se misturar e despertar a curiosidade dos leitores mais ávidos por ficção histórica.Em 1947, no caótico fim da Segunda Guerra Mundial, Charlie St. Clair é uma universitária grávida, sem marido e prestes a ser expulsa de casa por sua família. Ela também nutre uma esperança desesperada de que sua prima Rose, desaparecida durante a ocupação nazista da França, ainda possa estar viva. Então, quando os pais de Charlie a levam para a Europa para cuidar de seu “probleminha”, Charlie foge para Londres, determinada a saber o que aconteceu com a prima que ela ama como a uma irmã.Em 1915, Eve Gardiner quer lutar contra os alemães na Primeira Guerra Mundial. Ela recebe essa chance ao ser recrutada como espiã e enviada à França, onde é treinada por Lili, a rainha das espiãs, que gerencia uma vasta rede de informantes bem debaixo do nariz dos inimigos. Trinta anos depois, assombrada pela traição que desmantelou a Rede de Alice, Eve passa seus dias bêbada em sua casa em Londres, até que uma jovem aparece falando um nome que ela não ouvia há tempos – e a lança em uma missão atrás da verdade.A rede de Alice é um romance de glória e sacrifício que fará com que os leitores embarquem nessa aventura e façam questão de não abandoná-la até a última página.
Minhas impressões:
Essa foi a leitura do mês de agosto do Clube do Curinga, escolha por @rodrigoeoslivros.
Estou adorando as escolhas do pessoal, porque elas têm sido todas de livros que eu já tinha aqui em casa* e estavam só aguardando o momento para serem lidos! Mas “A Rede de Alice” foi um daqueles livros que já fazia um tempo que não lia: ficção histórica! E que saudade eu estava! Se fosse para escolher um gênero que para mim não tem erro, seria esse. Esse é meu conforto literário.
A escrita de Kate Quinn é maravilhosa. Ela se utiliza de expressões simples, mas tão bem escolhidas, que enriquecem a narrativa e a descrição de forma impressionante. Saber usar do poder das palavras é para mim uma das melhores habilidades que um escritor pode ter, e Quinn explora isso ao longo de todo o livro. Como se isso não fosse o suficiente, a trama é super envolvente, com personagens super cativantes.
O livro se desdobra por duas linhas temporais, uma iniciando-se em 1947, num cenário de pós Segunda Guerra Mundial, com Charlie (Charlotte) como personagem e narradora, e a outra em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, com a história de Evelyn (Eve) sendo narrada em terceira pessoa. Charlie está à procura de sua prima Rose, que mesmo após mais de 2 anos do fim da Segunda Guerra, não mandou mais notícias. Eve, por sua vez, foi recrutada como espiã durante a Primeira Guerra para trabalhar na Rede de Alice. Eventualmente, a história de ambas irá se cruzar, e descobrimos qual a ligação entre essas duas mulheres fascinantes, cada uma à sua maneira.
Kate Quinn apropria-se de alguns fatos históricos para criar sua ficção, e a receita, para mim, foi de extremo sucesso. A Rede de Alice realmente existiu, e algumas personagens retratadas no livro também, porém, fazendo uso da licença poética e esbanjando talento, a história prende o leitor do começo ao fim. Quem tem receio de que o cenário histórico possa atrapalhar a fluidez da leitura pode ficar tranquilo. Toda vez que eu pegava o livro para ler, tinha impressão de que só tinha passado alguns minutos lendo, como se tivesse virado apenas 10 páginas, e qual não era minha surpresa ao perceber que já havia passado em muito do meu horário de dormir e que as 10 páginas se transformaram em 40, 50, 60… Creio que ela já se tornou uma autora favoritada, na qual ficarei de olho em suas obras.
As protagonistas são super cativantes, como já disse, e verdadeiras heroínas, e outros personagens que aparecem ao longo do enredo acompanham esse carisma e simpatia pelo leitor. Por outro lado, se há heroínas, há sempre um vilão, aqui, representado por uma figura hedionda, de causar tamanha repugnância que é impossível não sentir em “A Rede de Alice” toda sorte de emoções. Fui do riso ao choro, do cair de amores ao ódio destilado.
Por fim, mas não menos incrível, a ambientação, não apenas temporal, mas local, também foi um verdadeiro deleite, já que conseguia me imaginar em todos os cenários muito bem descritos (além de ser guiada pelo mapa contido no livro). Depois dessa leitura, fiquei muito curiosa para conhecer algumas cidades francesas, tais como Limoges e Grasse. Quem sabe um dia elas se tornem destinos de alguns percursos literários. Enquanto esse dia não chega, a gente se contenta fazendo pesquisa de imagens no Google e salvando os sonhos no Pinterest.
Dados Técnicos do Livro:
Capa comum: 518 páginas Autora: Kate Quinn Editora: Verus; Edição: 1 (17 de novembro de 2019) ISBN-10: 8576867958 – ISBN-13: 978-8576867951 Título original: The Alice Network *Exemplar recebido em parceria com o Grupo Editorial Record. Adquira o seu, preferencialmente pelo site da editora ou através de uma livraria (abaixo, algumas sugestões): Livraria da Vila Livrarias Curitiba Livraria Cultura Livraria da Travessa Livraria Martins Fontes Saraiva |
Adorei a resenha Isa. Tinha até esquecido que fui eu que escolhi o livro. Meu sonho conhecer a França 😍
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Obrigada, Ro! Sim, e eu só tenho a aradecer a sua escolha!
Deve ser maravilhoso explorar a França assim, de carro (mas sem enguiçar) ❤
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Gosto ficção histórica. Sua resenha aguçou a vontade de ler o livro.
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Amei o plot do livro! 😮 Assim como você, ficção histórica é meu gênero de livro amorzinho haha Já até botei o livro em minha lista aqui.
Ótima resenha!
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Obrigada! Espero que leia e goste também! 🙂
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