Valor presente – Pedro Salomão

Vou começar o post fazendo uma confissão: embora Pedro Salomão seja atualmente um dos palestrantes mais requisitados do Brasil, eu não fazia ideia de quem ele era. Aliás, eu até sabia da existência de um Pedro Salomão, poeta, e acreditei que ele estava lançando um novo livro, sem ser de poesia. Estranhei, porque ele já havia lançado 2 livros com outra editora, e não sabia que ele dava palestras (bom, não dá né… pausa pra rir aqui), mas a sinopse me cativou, e até parecia ser um livro sobre um assunto que o poeta realmente escreveria, já que seus belos escritos trazem leveza para a vida, e poderiam muito bem ser apreciados durante a quarentena.

E então o livro do @grupoeditorialrecord chegou em casa, abri e fui logo conferir a orelha do exemplar, para checar, sabe?

E você aí pode estar se perguntando por que eu simplesmente não joguei no Google antes para ver se não era um caso de homônimos, mas, caros leitores, com um recém-nascido em casa até isso pode se tornar uma verdadeira empreitada, e acabou que o livro chegou antes da oportunidade de pesquisa. E foi dessa forma que eu descobri quem era o Pedro Salomão de “Valor Presente”.

Embora não se tratasse do Salomão que eu tinha em mente, a mensagem do livro foi muito bem-vinda e absorvida por mim, ainda mais porque o autor foca muito na família dele, sobretudo em seus filhos. Talvez se eu lesse o livro antes da ideia de maternidade eu não desse tanta bola assim, mas acredito que foi o que fez toda a diferença.


Sinopse:

““Pare o mundo que eu quero descer.” Quantas vezes você já ouviu alguém dizer essa frase? Quantas vezes você mesmo já disse essa frase? Pois é. Atendendo a pedidos, o mundo parou. Mas não foi do jeito que a gente imaginava, com uma nave passando e recolhendo só quem faz parte da nossa “bolha” e levando para um mundo melhor e mais feliz.

Em março de 2020, a humanidade entrou em quarentena. O isolamento social foi indicado pelos especialistas como o melhor método para impedir o avanço do novo coronavírus, ou Covid-19, que já matou milhares de pessoas no mundo inteiro. Descer do mundo, a essa altura do campeonato, pode ter diversos significados. Basta que a gente se lembre de quando desejou com toda a força que tudo parasse de vez: durante uma crise no casamento, depois de ler uma notícia sobre a violência urbana, ouvindo um parente discordar furiosamente de nós quando o assunto era política, exaustos depois de um dia inteiro de trabalho, sofrendo com a pressão e a competição no escritório. Será que, agora que o mundo parou, nós já mudamos ou, pelo menos, repensamos as atitudes que nos levaram a todas essas situações no passado?

Nesta fase em que estamos todos vulneráveis, o tempo que doamos ao outro se torna ainda mais precioso. Porém, é fundamental fazer bom uso desse tempo: não pedir que ele voe, tentar substituir a pressa pela velocidade. A velocidade é necessária para aprendermos cada dia mais com o novo. No caso atual, o home office, o home schooling, o home cooking, o home em tudo. Sem a rapidez de abrir mão dos velhos conceitos, dos paradigmas, de tantas narrativas, seria impossível nos adaptarmos.

Em Valor presente, Pedro Salomão nos convida a refletir sobre a vulnerabilidade coletiva de um mundo em suspenso. Quem sabe, assim, a gente, que tanto pediu para o mundo parar porque queria descer, consiga finalmente desembarcar e começar uma viagem nova rumo ao melhor mundo que existe: o nosso.”

Como o título já traz, devemos valorizar mais o presente, viver o momento atual, mesmo em tempos de crise como o de agora que estamos vivendo — ou talvez principalmente agora. Pedro Salomão bate na tecla de que as pessoas vivem tão apressadamente que 24h por dia não são o suficiente, e tudo que elas queriam era que o mundo parasse um pouco para que elas pudessem focar suas vidas nas coisas que elas realmente amam. E, bom, como Pedro bem lembra, o mundo parou. E, mesmo assim, há quem não tenha parado.

Obviamente estamos falando das pessoas que tiveram o privilégio de poder aproveitar a pausa mas não aproveitaram ou não têm aproveitado (sim, sempre é tempo), e continuaram seguindo apressadamente com o dia a dia, mesmo a realidade tendo nos mostrado que não dá mais para viver como vivíamos antes.

“Quantas vezes você desejou poder almoçar com seus filhos em uma terça-feira à tarde? E agora, que você pode, como está sendo o almoço em família? Tem conversa, olho no olho, ou cada um fica absorto em sua tela, respondendo a e-mails de trabalho ou jogando online?”

E o livro segue com vários questionamentos nesse sentido e tem toda essa pegada de conversa mesmo, de palestra informal, bem agradável de se escutar, ainda que no fundo nada pareça novidade. E não é sempre assim? Algumas verdades todos nós sabemos, mas precisamos ser relembrados de tempos em tempos, e nada melhor que esse período de resguardo em casa para esse exercício. Ainda assim, como recém-mamãe que sou, alguns desses questionamentos levantados me foram muito interessantes e importantes. Só por isso a leitura já valeu para mim.

Uma leitura gostosa, que pode até ter prazo de validade, mas cuja essência, sobre valorizar o momento presente, tratará de mantê-la relevante. E, embora o livro seja bem curto e rápido de se ler, lembre-se de saboreá-lo. Rápido e apressado são conceitos diferentes, como muito bem apontado por Pedro. Quem tem pressa não vive nunca o momento presente.


Dados Técnicos do Livro:

Capa Comum: 128 páginas
Autor: Pedro Salomão
Editora : Best Business (30 novembro 2020)
ISBN-10 : 8501303984 – ISBN-13 : 978-8501303981
*Exemplar recebido em parceria com o Grupo Editorial Record – adquira o seu preferencialmente no site da editora.
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