Depois de ter lido “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” é normal qualquer pessoa ficar empolgado(a) para ler tudo de Taylor Jenkins Reid. Por isso, assim que fiquei sabendo que outro livro da escritora seria publicado, já tratei de espalhar a palavra para os amigos: “Gente, vai sair Amor(es) Verdadeiro(s), novo lançamento da Editora Paralela!”. Isso foi no final de abril, e agora estamos já em junho. Acabei demorando mais do que pretendia para finalmente começar a lê-lo, mas depois que comecei, a leitura foi feita muito rapidamente, considerando que estava lendo outros livros ao mesmo tempo.
Em “Amor(es) Verdadeiro(s)” temos um romance bem açucarado, o que pode decepcionar o leitor que vai sedento para encontrar uma trama do nível de Evelyn Hugo. Mas, como descobri pela resenha do @rodrigoeoslivros, “Amor(es) Verdadeiro(s)” foi escrito antes, tendo “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” sido publicado originalmente em 13 de junho de 2017 e aquele em 07 de junho de 2016, um ano depois, portanto.
No Brasil, porém, saiu primeiro a edição de Evelyn Hugo, e, provalvelmente, diante de seu estrondoso sucesso de críticas, lançaram a edição em português de “Amor(es) Verdadeiro(s)” na versão e-book em 24 de abril de 2020, com data de lançamento da edição física prevista para 17 de junho de 2020 (em pré-venda – veja dados técnicos do livro ao fim do post).
No livro, acompanhamos a história de Emma Blair, uma mulher que aos 31 anos está noiva de um velho conhecido dos tempos do colégio, Sam Kemper. Eles se reencontraram por circunstâncias da vida. Emma já fora casada e muito apaixonada, mas seu marido, Jesse Lerner, às vésperas de comemorarem 1 ano de casados, vai da Califórnia ao Alaska para fazer umas filmagens sobrevoando a região de helicóptero. Porém, há um problema, a aeronave cai e desaparece, o corpo de Jesse não é encontrado, e depois de inúmeras buscas infrutíferas, é tido como morto. Emma a muito custo recompõe sua vida, se apaixona novamente, agora por Sam e tudo parece bem, até que recebe uma ligação de Jesse, dizendo que está voltando para casa.
Essa é basicamente a sinopse do livro. Acredito que não há spoilers aqui (e você pode confirmar lendo a sinopse propriamente dita do livro, que deixo abaixo). Achei curioso, porém, que a história já começa assim, com o problema sendo apresentado aos leitores. Infelizmente, o que gera uma enorme comoção, por chocar o leitor logo de cara, também me parece o ingrediente que desfavorece o livro, já que não há espaço para mais surpresas arrebatadoras ao longo da narrativa.
Sinopse:
“Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo.
Mas, em vez do tradicional “e viveram felizes para sempre”, uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.
Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz.
Pelo menos é o que parece ― até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama
Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.”
Porém, a leitura flui muito bem, como já adiantei, porque a escrita de Taylor é bem agradável, descomplicada e jovem, lembrando até que a Editora Paralela é mais voltada para best sellers, um selo mais comercial da Companhia das Letras.
O que para mim sustenta o livro, na verdade, é justamente essa ânsia por querermos saber como Emma irá lidar com a peculiar situação que agora ela tem diante de si: levar o noivado com Sam adiante ou retomar seu casamento com Jesse.
E não se engane pelo meu desapontamento e com a falta de novos e surpreendentes plot twists. O livro parece cumprir bem seu papel de romance romântico, se é esse o gênero que você espera encontrar. Fiquei à beira das lágrimas inúmeras vezes, tive episódios de raiva, de desolação, de risadas… tudo o que pede uma boa história de amor. E o que mais gostei mesmo é o do tanto de pensamentos de Emma que me parecem acertados. Todos amores únicos são verdadeiros. Você concorda?

No final, posso dizer sem medo que “Amor(es) Verdadeiro(s)” é uma história previsível, mas que dá aquela aquecida no coração, sabe? Ainda mais em tempos de pandemia, quando tudo o que queremos é uma leitura que nos reconforte de alguma forma.
Outras curiosidades sobre o livro é que a história se passa na pequena cidade de Acton, em Massachusetts – EUA, e logo no começo é citada uma sorveteria, a Kimball’s Farm. Fiz uma pesquisa no Maps, e o sorvete realmente existe (Kimball Farm Carlisle ou Westford são os mais próximos de Acton – MA)!
Emma também é filha de livreiros, o que achei super legal, já que adoro histórias com livrarias. Seus pais, Ashley e Colin são donos da Livraria Blair. Claro que a livraria é fictícia, e fiquei desapontada por não ter encontrado nenhuma livraria de verdade na cidade. Mas tudo bem, porque é realmente uma cidade bem pequena (pouco mais de 21 mil habitantes, pelo censo de 2010), e mesmo assim há uma biblioteca muito linda, que é Acton Memorial Library. Na verdade, a escolha pela pequena e aconchegante cidade foi uma forma que Taylor Jenkins Reid encontrou de homenagear sua avó e a sua cidade e onde a própria escritora cresceu.
E aí? Ficaram com vontade de conhecer Acton pelo menos através da escrita de Taylor? Acho que vale super a pena, mesmo não sendo meu gênero favorito de livro. Também é um livro adorável para a gente se debruçar sobre nossas próprias lembranças de relacionamentos, sobre os valores que damos às pequenas coisas da vida, à família e, claro, entender o que é o verdadeiro amor.
–Dados Técnicos do Livro:
Formato: eBook Kindle*
Tamanho do arquivo: 2313 KB
Número de páginas: 353 páginas
Editora: Editora Paralela (24 de abril de 2020)
Vendido por: Amazon Servicos de Varejo do Brasil Ltda
ASIN: B087JVWH3Z
*Lido através de requisição à editora (Companhia das Letras) pela plataforma NetGalley como parceira do Time de Leitores da Companhia das Letras.
–Edição Física:
Capa comum: 296 páginas
Editora: Paralela; Edição: 1 (17 de junho de 2020)
ISBN-10: 8584391673 – ISBN-13: 978-8584391677
Título Original: One True Loves
Versão física em breve. Garanta o seu exemplar preferencialmente através do site da editora.
Que resenha impecável. Agora, passado um tempo da leitura, percebo que me frustrei a toa com o livro, ele é melhor do que eu disse em minha resenha, mas é uma proposta diferente da qual eu queria. Gostei bastante da mudança de perspectiva da Emma c relação ao negócio dos pais e da relação com a irmã. Não importa o assunto, Taylor consegue nos entreter!
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Eu gostei da sua resenha… acho que realmente Evelyn Hugo é outro nível… mas tbm acredito que é porque não é meu estilo preferido Amor(es) Verdadeiro(s).
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Deve ser um bom romance, mas esse não é um tipo de narrativa que n me chamou a atenção, por isso nem solicitei. 😊😊
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Entendo perfeitamente. Não é também o que me atrai normalmente, foi só pela autora mesmo, mas não me arrependi nem um pouco da leitura 🙂
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Confesso que peguei esse livro também pelo hype de Evelyn Hugo, mas estou empurrando um pouco agora que começaram a sair as resenhas, esperando minhas expectativas abaixarem um pouco. Não é exatamente o estilo de história que eu costumo ler, então vai ser um desafio, de certa forma.
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Eu vi a resenha do Rodrigo e já fui bem cautelosa pra começar a leitura hahahaha, mas no final, acho que eu tava precisando de uma leitura leve, mesmo não sendo do gênero que eu curto muito.
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