Segunda leitura que eu faço de Chimamanda e só tenho elogios a fazer!
Não estou lendo os livros dela na ordem que foram publicados, como vocês podem perceber, mas acredito que a ordem dos fatores não interfere no resultado! Tenho certeza, afinal, que vou acabar lendo todos os livros da autora de qualquer modo.
Sinopse:
Após o enorme sucesso de Sejamos todos feministas, Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista.
Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos.
Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.
Minhas Impressões:
O livro é, em verdade, uma adaptação da carta de Chimamanda para uma amiga de infância sua, que um dia lhe perguntou como criar sua filha como uma feminista. Chimamanda veio a se tornar mãe também e, relendo a carta que ela própria escreveu, decide também tentar seguir as próprias sugestões, além de publicar a carta em forma de livro, um verdadeiro manifesto.
É um livro curtíssimo, justamente por ser originalmente uma carta, feito para se ler numa única sentada — a menos que você, assim como eu, seja interrompida inúmeras vezes, o que pode ser frustrante, mas não tira jamais o brilho da obra.
Se você é do tipo que gosta de grifar, sublinhar e/ou marcar trechos nos livros que lhe chamem a atenção, deixe canetas e post-its a postos, porque eles serão merecidamente úteis nessa rápida leitura. Sinceramente, às vezes ficava até difícil saber o quê de fato demarcar, porque cada palavra me parecia de extrema relevância. Se eu fosse das que grifam livros, era perigoso terminar o livro com mais passagens grifadas que não-grifadas.

Chimamanda dá 15 conselhos e se põe a discorrer sobre eles, de forma muito clara, objetiva e didática. É uma leitura proveitosa para qualquer pessoa que deseja um mundo mais justo, igualitário e bondoso, e não apenas para quem deseja ter filhos.
Eu passei a refletir muito depois dessa leitura, mesmo que algumas condutas, raciocínios e pensamentos eu, felizmente, tenha percebido que já estavam arraigados em mim. Aprendi muito, mesmo que os exemplos tenham partido de sua experiência pessoal. É possível transportá-los todos para nossa realidade, nossa cultura brasileira, bastam apenas boa vontade e reflexão.
Vou destacar algumas das sugestões de Chimamanda, com algumas adaptações para servir a qualquer pessoa, mas sem adentrar muito as explanações da autora, porque acredito que você tenha que ter a sua própria experiência com este livro:
- Partam da seguinte premissa: “Eu tenho valor. Eu tenho igualmente valor. Não “se”. Não “enquanto”. Eu tenho igualmente valor. E ponto final”.
- Ensine sua criança a ler. “Os livros vão ajudá-la a se expressar”.
- Ensine sua criança a questionar a linguagem. “A linguagem é o repositório de nossos preconceitos, de nossas crenças, de nossos pressupostos”.
- “Ao lhe ensinar sobre opressão, tenha o cuidado de não converter os oprimidos em santos. A santidade não é pré-requisito da dignidade”.
Gostaria de falar muito mais sobre o livro, mas temo acabar fazendo uma resenha maior que o livro em si, só para vocês terem ideia de como o livro é pequeno. Pequeno, minha gente, mas poderoso! Essencial, de leitura obrigatória.

Aliás, agora em abril, a Chimamanda foi capa da revista Marie Clarie do Brasil, e estão rolando dois vídeos da Marie Claire Brasil com a escritora reagindo a comentários antifeministas. Assista e saiba um pouco mais do que falam alguns dos livros dela:
Informações adicionais sobre o livro:
Livro de bolso: 96 páginas
Editora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (24 de fevereiro de 2017)
ISBN-10: 8535928510 – ISBN-13: 978-85-359-2851-8
Título original: Dear Ijeawele, or A Feminist Manifesto in Fifteen Suggestions
O livro parece muito interessante. Me leva a um passado em que eu fazia leituras buscando aprendizados de como educar os filhos. Li alguns livros, alguns classificados como autoajuda.
Aprendi muito com as leituras … identifiquei alguns ensinamentos, discordei de outros …
gosto de leituras que levam à reflexão.
Me empresta durante as férias? ❤️❤️❤️
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Com certeza empresto! 😍
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Oies isa! Chimamanda é simplesmente maravilhosa! Já li esse livro e adorei! E tbm estou na jornada de ler todos os livros dela 😉
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